Costumava-se dizer que gentileza gera gentileza; ultimamente, tenho ouvido com certa frequência que gentileza gera gente folgada. Considero que a desvirtuação desse ditado convém àqueles que não são gentis e, de algum modo, têm dificuldade para se relacionar.
Em breve, um novo ano começará, e a maioria de nós vai dizer que 2014 passou voando. Na verdade, o tempo continua o mesmo; contudo, a ritmo de vida, principalmente, urbana é cada vez mais intenso. Gasta-se, por exemplo, muito tempo no trânsito e, com isso, entre outras coisas, acumula-se cansaço excessivo.
Estamos quase naquele período meio mágico em que as promessas de 1º de janeiro serão formuladas.
Há promessas clássicas, mas é possível também inovar, ir além. Nós, que lidamos com crianças, somos chamados a transmitir a elas valores que sejam duradouros e as ajudem (no presente e no futuro) a estabelecer vínculos verdadeiros e sólidos. Essa tarefa será mais fácil, se nós, adultos, nos abrirmos à mudança da nossa própria mentalidade. O que dissermos aos pequenos apenas será confirmado com atitudes coerentes e testemunho.
O primeiro ambiente de aprendizado com certeza é a casa; os primeiros educadores são os pais e espera-se que o ambiente familiar seja um espaço saudável para a criação de uma criança. Embora essa consideração pareça utópica (e talvez seja mesmo), não podemos perdê-la de vista. Aquilo que podemos realizar de bom começará a acontecer se assumimos a realidade na qual estamos inseridos e, a partir dela, buscamos fazer o melhor. Nossas crianças merecem o melhor que pudermos fazer por elas. Sem dúvida, a escola é outro ambiente no qual as crianças aprendem sobre a vida e seus valores.
Os professores, porém, embora importantíssimos nesse processo de aprendizagem, não são pais de seus alunos.
Portanto, aquilo que é devido aos pais, pode ser complementado na escola, mas não integralmente assumido por ela. Sem dúvida, casa e escola, pais e professores devem ser parceiros de caminhada em vista do bem de filhos-alunos.
Certamente, os dos valores a ser transmitido aos pequenos é a gentileza, como mencionado acima. Em nossos dias, a gentileza parece ter se tornado algo fora de moda ou atributo de quem é fraco. Na verdade, essa é uma interpretação equivocada e totalmente descabida. Nunca será demais dizer: Por favor… Muito obrigado! Com licença! A gentileza aproxima as pessoas e evita dissabores desnecessários. A gentileza faz com que saímos de nós mesmos e nos relacionemos com o outro de modo respeitoso. Dentre os muitos propósitos que venhamos a estabelecer, por que não firmar o compromisso de ajudar nossas crianças a se tornarem mais afetuosas, gentis e respeitosas.
Por incrível que pareça, sempre precisamos ser lembrados de que podemos ser mais gentis, mais amigos. Vamos vivemos correndo em busca de algo precioso, que, na verdade, sempre está conosco, e nessa busca esquecemos de coisas simples, e de gestos bons. Obrigada pela lembrança. Abraços