Que tal um pouco de gentileza? | Paulus Editora

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Educação e Literatura

13/11/2014

Que tal um pouco de gentileza?

Por Alexandre Carvalho

Costumava-se dizer que gentileza gera gentileza; ultimamente, tenho ouvido com certa frequência que gentileza gera gente folgada. Considero que a desvirtuação desse ditado convém àqueles que não são gentis e, de algum modo, têm dificuldade para se relacionar.

Em breve, um novo ano começará, e a maioria de nós vai dizer que 2014 passou voando. Na verdade, o tempo continua o mesmo; contudo, a ritmo de vida, principalmente, urbana é cada vez mais intenso. Gasta-se, por exemplo, muito tempo no trânsito e, com isso, entre outras coisas, acumula-se cansaço excessivo.

Estamos quase naquele período meio mágico em que as promessas de 1º de janeiro serão formuladas.

Há promessas clássicas, mas é possível também inovar, ir além. Nós, que lidamos com crianças, somos chamados a transmitir a elas valores que sejam duradouros e as ajudem (no presente e no futuro) a estabelecer vínculos verdadeiros e sólidos. Essa tarefa será mais fácil, se nós, adultos, nos abrirmos à mudança da nossa própria mentalidade. O que dissermos aos pequenos apenas será confirmado com atitudes coerentes e testemunho.

O primeiro ambiente de aprendizado com certeza é a casa; os primeiros educadores são os pais e espera-se que o ambiente familiar seja um espaço saudável para a criação de uma criança. Embora essa consideração pareça utópica (e talvez seja mesmo), não podemos perdê-la de vista.  Aquilo que podemos realizar de bom começará a acontecer se assumimos a realidade na qual estamos inseridos e, a partir dela, buscamos fazer o melhor. Nossas crianças merecem o melhor que pudermos fazer por elas. Sem dúvida, a escola é outro ambiente no qual as crianças aprendem sobre a vida e seus valores.

Os professores, porém, embora importantíssimos nesse processo de aprendizagem, não são pais de seus alunos.

Portanto, aquilo que é devido aos pais, pode ser complementado na escola, mas não integralmente assumido por ela. Sem dúvida, casa e escola, pais e professores devem ser parceiros de caminhada em vista do bem de filhos-alunos.

Certamente, os dos valores a ser transmitido aos pequenos é a gentileza, como mencionado acima. Em nossos dias, a gentileza parece ter se tornado algo fora de moda ou atributo de quem é fraco. Na verdade, essa é uma interpretação equivocada e totalmente descabida. Nunca será demais dizer: Por favor… Muito obrigado! Com licença! A gentileza aproxima as pessoas e evita dissabores desnecessários. A gentileza faz com que saímos de nós mesmos e nos relacionemos com o outro de modo respeitoso. Dentre os muitos propósitos que venhamos a estabelecer, por que não firmar o compromisso de ajudar nossas crianças a se tornarem mais afetuosas, gentis e respeitosas.

1 comentário

24/11/2014

Mariza Lima Gonçalves

Por incrível que pareça, sempre precisamos ser lembrados de que podemos ser mais gentis, mais amigos. Vamos vivemos correndo em busca de algo precioso, que, na verdade, sempre está conosco, e nessa busca esquecemos de coisas simples, e de gestos bons. Obrigada pela lembrança. Abraços