Gênesis – 1 | Paulus Editora

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09/03/2016

Gênesis – 1

Por Nilo Luza

Vamos continuar refletindo sobre o livro do Gênesis, o primeiro na ordem em nossas Bíblias. Como vimos, o livro tem uma longa história antes de ficar pronto. Começou a ser redigido na época de Salomão em volta de 950 AC e teve sua conclusão pelo ano 400 AC.

Dizíamos que o livro pode ser dividido em duas partes: capítulos 1-11 e capítulos 12-50. Podemos também dividi-lo em três partes: capítulos 1-11; capítulos 12-37; capítulos 38-50.

A primeira parte abrange os capítulos 1-11. São relatos da criação da humanidade e do universo. Tudo é obra de Deus e ele viu que tudo era muito bom. A Campanha da Fraternidade deste ano também nos leva a respeitar e valorizar o planeta, obra de Deus e nossa casa comum. Nos dois primeiros capítulos temos duas narrativas da criação, de épocas e contextos diferentes. Os capítulos seguintes apresentam a origem e a causa dos males presentes no mundo. Males que prejudicam a convivência na sociedade e ameaçam a vida. Enfim, mostram o progresso e o caminhar da civilização. Não podemos, porém, tomar tudo isso como se fosse história no sentido moderno. Essas cenas não são fotografias da realidade nem relatos jornalísticos.

A segunda parte é formada pelos capítulos 12-36. Esta parte apresenta a história dos patriarcas e matriarcas. Não são propriamente pessoas isoladas, mas são narrativas de famílias, clãs e tribos. Por trás dessas personagens, temos grupos de pessoas ou famílias que procuram viver em harmonia, mas nem sempre conseguem. Mais do que os laços de sangue, o que une esses grupos são objetivos comuns: a posse da terra, a organização da comunidade, a busca por liberdade e vida. Relatam a fidelidade de Deus às promessas em favor do povo e procuram animar o povo a se manter fiel, mesmo diante das contrariedades e das dificuldades. Esses grupos professam a fé no “Deus dos pais”.

A terceira parte abrange os capítulos 37-50. Esta parte traz a história dos filhos de Jacó, mais precisamente as histórias de José. José, o sonhador, é rejeitado pelos seus irmãos, que o vendem aos ismaelitas, e estes o levam para o Egito. De jovem pastor que sobrevive a tramas, José torna-se homem muito influente na corte no Egito. Será o homem forte do faraó e salvará sua família da crise que provocou a fome. A história de José lembra o ditado popular: “Deus escreve reto em linhas tortas”. A história de José mostra Deus agindo na história e conduzindo tudo para o bem. José tornou-se instrumento de salvação para seus irmãos.

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