Educação e Literatura
23/11/2013
Por Alexandre Carvalho
Tendo como base os clássicos da literatura, foram feitas – e ainda se fazem – as famosas releituras ou adaptações que vão além do campo literário. Como dito no artigo anterior, cada povo, cultura ou país tem obras consideradas clássicas. Por outro lado, como a literatura tem subdivisões, há clássicos da literatura infantil, juvenil, policial, romance, terror, suspense etc.; neste nosso encontro, vamos nos voltar um pouco mais atentamente para o universo da literatura considera clássica para crianças.
Em nossos dias (e ao redor do mundo) é fácil (ou relativamente fácil) pensar na literatura infantil e juvenil. Os livros voltados crianças e jovens estão a nossa disposição em grande quantidade, em diversos formatos e em muitas cores. Opções há muitas; contudo, é preciso educar crianças e jovens para o cultivo do hábito da leitura, pois se trata, de fato, de um hábito. Se crianças e jovens não são estimulados a tomar livros em suas mãos e, de preferência, desde cedo, o hábito da leitura pode não se estabelecer porque não houve um caminho consistente de iniciação. Sem dúvida, o exemplo conta muito, pois, em geral, pais ou adultos que leem com e para crianças tendem a ser imitados pelos pequenos. Nesse contexto, a leitura deve ser associada – porque na verdade é – a momentos leves, descontraídos e de prazer. É o início de um caminho que precisa ser traçado de maneira adequada para que se firme com o tempo e não seja abandonado ao longo da vida.
Por onde começar? Certamente não há receita pronta, mas um caminho possível são os clássicos. Os clássicos da literatura infantil, em geral, estão associados aos contos de fada e as fábulas. Quem nunca ouviu falar da Bela Adormecida ou do Gato de Botas? Pois bem, o acesso a esses clássicos e a tantos outros é muito fácil. É possível encontrar edições muito bem caprichadas desses textos ou adaptações simples, porém, igualmente bem cuidadas. Se você tem o hábito de ler para seu filho ou filha, uma edição “clássica” torna o momento da leitura solene e profundamente marcante. Em geral, essas edições são apresentadas com belíssimas ilustrações que encantam crianças e adultos. À medida que o tempo passa e a criança vai crescendo, ela mesma pode ter acesso aos textos clássicos e lê-los. Nesse momento, talvez seja oportuno presentear a criança com uma adaptação, pois o nível de leitura é mais fácil e ao manuseio da obra também.
O primeiro livro que uma criança recebe de presente pode se tornar um marco na vida dela; se houver uma dedicatória, o valor que se agrega no campo afetivo é incomensurável. Ler é, de fato, uma grande aventura. Os nomes clássicos da literatura infantil universal são, dentre outros, Jacob e Wilhem Grimm (alemães); Hans Christian Andersen (dinamarquês), Jean de La Fontaine (francês); no Brasil, sem dúvida, um dos grandes nomes é o de José Bento Monteiro Lobato. Como assunto não nos falta, daremos continuidade a esse tema em nosso próximo encontro. Até lá!
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Alexandre Carvalho
Religioso da Congregação dos Padres e Irmãos Paulinos, Alexandre Carvalho é graduado em Filosofia, Teologia e Letras. É doutorando em Língua Portuguesa, com especialidade em Literatura. Na missão paulina ele é responsável pelo segmento Infantojuvenil da PAULUS Editora.
