BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR
O domingo de Ramos abre a Semana Santa, a grande semana dos cristãos. Neste domingo, a primeira imagem que nos vem é Jesus entrando em Jerusalém, montando um jumentinho. A chegada do Mestre à cidade santa frustra a expectativa daqueles que esperavam um messias glorioso e triunfante; não obstante, ele é acolhido com muita alegria e entusiasmo pela multidão, pois chega à maneira dos pobres, com humildade.
Dando a conhecer, assim, as feições do seu messianismo, Jesus cumpre a profecia de Zacarias. É o primeiro a cumpri-la, pois ninguém ainda tinha montado o jumentinho, reservado para o Rei pacífico. Tal referência é uma denúncia da história passada, normalmente caracterizada pela discriminação, pela violência e pela dominação. Jesus mostra que não veio para dominar, e sim para proclamar o Reino da paz, da fraternidade e da justiça.
A aclamação corresponde à expectativa messiânica do povo sobre o novo Davi, que vem para salvar. O entusiasmo toma conta do cortejo que acompanha Jesus. Ele é o verdadeiro Messias, a manifestação de Deus, que veio trazer a salvação para a humanidade. Ao entrar na cidade, apresenta-se não como rei guerreiro, mas como um homem simples, humilde e pacífico, que instaura o Reino da verdadeira justiça. É momento de alegria e de proclamar benditos todos os que vêm em nome do Senhor.
Depois de uns dias, a realidade muda completamente. Aquele que foi acolhido com entusiasmo pelo povo é levado pelas autoridades ao julgamento e à condenação. O justo por excelência é condenado injustamente, assim como acontecerá com muitos dos seus seguidores. Ele cumpre o ensinamento dado aos discípulos – amar os inimigos e rezar pelos perseguidores – quando, na cruz, morre perdoando. O grito de Jesus é o grito de tantos sofredores, mas também é revelador de sua total confiança em Deus: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Sua morte, porém, não será o fim, pois, no terceiro dia, a semente sepultada renascerá exuberante e gloriosa.
Pe. Nilo Luza, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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