03 de abril – 5º DOMINGO DA QUARESMA | Paulus Editora

O Domingo
03 de abril – 5º DOMINGO DA QUARESMA

A HIPOCRISIA DE ATIRAR PEDRAS

Para pôr Jesus à prova, escribas e fariseus conduzem a ele uma “mulher adúltera” – e ficam à espreita do resultado. A Lei do Antigo Testamento prescrevia que o adultério fosse punido com apedrejamento. Jesus não se preocupa com respostas, pois sabe que se trata de uma armadilha. Como insistissem, o Mestre os provoca: se alguém não tiver pecado, atire pedras. Logo em seguida, os acusadores vão embora e a mulher encontra-se diante de Jesus em pé, absolvida, redimida e dignificada. Fica a inquietação para nós: onde estava o adúltero?

Todos somos pecadores, e, não raro, os que condenam são piores do que os condenados. Portanto, todos temos necessidade de conversão. Jesus não condena, baseado em moralismo, mas perdoa, convidando à conversão. Tanto a mulher quanto os acusadores necessitam do perdão de Deus. Esse perdão exige conversão. No tempo da Quaresma, o tema da conversão se impõe.

Jesus se mostra profundamente humano e misericordioso com as pessoas condenadas, as quais, com alguma frequência, são vítimas de preconceitos e injustiças. A primeira preocupação sua é “recuperar”, mediante o perdão, a pessoa considerada pecadora. Sua atitude está acima da letra da lei, muitas vezes manipulada por interesses pessoais. Os seres humanos facilmente condenam, ao passo que Deus propõe perdão e mudança de vida. O Mestre nos motiva a atitudes de perdão, mas nós teimamos em continuar com nossas condutas moralizantes e condenatórias.

Quantos, também hoje, se armam de pedras e estão prontos para lançá-las contra os outros. Muitos se utilizam dos meios de comunicação e das redes sociais para divulgar e espalhar calúnias, mentiras e desprezo. A arrogância, a intolerância e as mentiras têm presença marcante em nosso meio. Elas orientam os preconceitos, o dogmatismo e o moralismo. A Quaresma adverte: chegou a hora de mudar!

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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