10 de julho – 15º DOMINGO DO TEMPO COMUM | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
10 de julho – 15º DOMINGO DO TEMPO COMUM

DE QUEM EU ME FAÇO PRÓXIMO?

Quantos já não se perguntaram sobre o que fazer para viver eternamente com Deus? Todos os que temos fé, e acreditamos que Deus não nos criou somente para os poucos anos de vida que possamos ter sobre a terra, temos essa pergunta em nosso horizonte. De fato, sabemos que, como seres livres que somos, podemos acolher ou não a salvação que nos é oferecida como dom gratuito. E é justamente por isso que nos perguntamos sobre o que fazer.

De acordo com o ensinamento de Jesus, a resposta é muito clara: amar a Deus e ao próximo. O amor é, portanto, o parâmetro para sabermos quanto estamos próximos – ou não – da vida com Deus. Podemos nos perguntar sobre o conceito de “próximo”, e é isso o que faz o mestre da Lei que fala com Jesus no texto do Evangelho. Realmente, amar o próximo não era, para aquele homem, nenhuma novidade. No Antigo Testamento, já se encontrava tal mandamento (Lv 19,18). A novidade trazida por Jesus é apresentada justamente na resposta que ele dá ao seu interlocutor.

Na parábola do bom samaritano, que todos nós conhecemos muito bem, há vários elementos que merecem nossa atenta reflexão. Um deles, no entanto, é central: a pergunta a ser feita não deve ser “quem é meu próximo?”, mas sim “de quem eu me faço próximo?” Amar o próximo é, dessa forma, perceber o outro, comover-se com suas dores e agir para amenizá-las.

Frequentemente criamos desculpas para não ajudar os necessitados que encontramos pelo caminho, sem perceber que a verdadeira causa está em nós: fomos nós que não nos tornamos próximos deles ou, melhor dizendo, não fomos humanos o suficiente para nos comovermos com a dor dos nossos irmãos e irmãs.

Quantas são as realidades de dor e sofrimento em nosso mundo? Quantas são as pessoas impedidas de viver com dignidade? Quantas outras sofrem por serem aquilo que são, vítimas de preconceito e exclusão? Todas elas deveriam nos interpelar. Se somos de fato cristãos, não nos é permitido ser insensíveis a nenhum tipo de dor e injustiça. Cabe nos questionarmos sobre nossa forma de viver a religião. Se queremos, realmente, viver eternamente com Deus, não podemos viver distantes dos que sofrem. Não existe amor a Deus sem amor ao próximo. Eis o que precisamos aprender!

Manoel Gomes, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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