Situação da literatura infantojuvenil | Paulus Editora

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Educação e Literatura

24/02/2015

Situação da literatura infantojuvenil

Por Alexandre Carvalho

Em nossas escolas, o livro didático é velho conhecido. Como livro didático entende-se o texto que tem caráter fundamentalmente pedagógico e que objetiva transmitir determinado conteúdo a grupos de alunos conforme o momento de aprendizado em que se encontram. Por outro lado, nesse processo de aquisição de conhecimento, podem entrar em cena – e é enriquecedor que entrem – os livros paradidáticos e literários.

Os textos paradidáticos não têm caráter obrigatório quanto à adoção escolar; contudo, contribuem no processo de aprendizagem, pois ampliam as experiências quanto ao saber de forma lúdica.

Do ponto de vista histórico, livros para crianças e jovens são uma contribuição preciosa à sociedade, à literária e à bibliográfica, de modo geral; em nossos dias, tais livros são vitais para a alfabetização, sem contar que estão na vanguarda da relação entre palavra e imagem nas narrativas. Dentre os textos literários para jovens e crianças, há aqueles considerados clássicos; por exemplo, Alice no País das Maravilhas (Lewis Caroll); há livros que têm forte apelo popular, por exemplo, a série Divergente (Veronica Roth) ou Jogos Vorazes (Suzanne Collins) que têm adaptações cinematográficas de grande sucesso; há também títulos transmitidos por herança familiar e culturas locais.

Exemplo de um clássico moderno na literatura infantil é a coleção O carteiro chegou (Janet e Allan Ahlberg). Trata-se de uma obra que toca o universo dos contos de fada, fazendo com que as personagens se relacionem de forma inusitada. O livro é apresentado em forma de poesia e traz consigo, cartas, envelopes, selos etc., tornado-se assim uma obra multimedial, ou seja, que o mesmo conteúdo ultrapassa a dimensão do livro tradicional e se apresenta de outras formas, abrindo assim mais de uma possibilidade de aproximação.

A literatura infantojuvenil é plural quanto à apresentação do seu conteúdo, pois os destinatários dessa literatura têm necessidades particulares: vão desde o pré-leitor ao leitor fluente.

Se a literatura para crianças e jovens é entendida com um gênero, ela possui subgêneros específicos ou, ao menos, norteadores, seriam eles: narrativa para escola (que apresentam de forma mais explícita características paradidáticas), texto para cada um dos sexos, narrativas com apelo religioso e social, fantasia, conto popular e de fadas, (re) interpretações de mito e lendas, livro de imagem e, agora, texto multimedial (ou aplicativos). Em muitos casos, os livros infantojuvenis também são lidos e apreciados pelo público adulto.

1 comentário

13/3/2015

RILEY DIEGO

Cabe ao ministério da educação absorver boas ideias para tentarmos chegar ao nível melhor. E importante que formemos novos jovens e adultos com hábitos de leitura. Temos grandes autores que deveriam ser lidos, porém, são ignorados pelas próprias escolas.