A PARÁBOLA DA PACIÊNCIA E DA PRUDÊNCIA | Paulus Editora

O Domingo
A PARÁBOLA DA PACIÊNCIA E DA PRUDÊNCIA

No capítulo 13 de Mateus, encontramos o ensinamento de Jesus por meio de parábolas. A linguagem que Jesus usa era entendida muito bem pelo povo da roça. Nem sempre os discípulos conseguiam compreendê-las e, por isso, pediam explicações ao Mestre, como no caso da parábola do trigo e do joio.

O texto de hoje traz três parábolas: a do trigo e do joio, a da semente de mostarda e a do fermento. Nossa reflexão se concentra na primeira. Nesta, Jesus ensina sobre o reino de Deus utilizando imagens da vida agrícola e familiar. Tal parábola pode servir como questionamento sobre o porquê do mal e a tentação de extirpá-lo precipitadamente. Bem e mal, muitas vezes, podem se confundir, como se dá com o trigo e o joio, muito parecidos quando estão em fase de crescimento.

O agricultor semeou a boa semente; durante a noite, o inimigo semeou o joio. Os dois cresceram juntos. Ao perceberem a presença da erva daninha, os empregados questionam o agricultor sobre o porquê dela e pedem para arrancá-la. O dono, prudente, exorta-os a ter paciência e diz que aguardem até o momento da colheita, quando o joio será queimado e
o trigo guardado.

Muitos inimigos do povo semeiam o joio no meio da semente boa do evangelho. Jesus os identifica como “falsos profetas”. Nem sempre é fácil decidir entre o que é bom e o que é mau. Muitas pessoas que se dizem “do bem” – ou assim são tachadas – revelam-se as maiores inimigas do povo. O Mestre nos dá uma dica interessante: pelos frutos se distingue o bom profeta do falso.

Todos nós somos um pouco joio e trigo ao mesmo tempo. Ninguém pode pretender ser completamente bom e ver o outro somente como mau. Somos seres humanos limitados: com virtudes e vícios, com fortaleza e fraqueza, bons e maus. Não nos cabe fazer a triagem, eliminando o joio. Também nas comunidades, às vezes, existem pessoas que se dizem “do bem” e julgam ser as donas da verdade. Em todos nós há algo que precisa ser queimado (joio) e algo a ser cultivado (trigo).

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

Assinar