Jesus fala com autoridade. Suas palavras não têm falsidade; ao contrário, estão a serviço da verdade, da bondade e da libertação. Promovem a esperança, a paz, o amor.
- As palavras de Jesus têm origem no Pai: “As coisas que eu digo, eu as digo conforme o Pai me disse” (Jo 12,50). “Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus e doa o Espírito sem medida” (Jo 3,34). Então, Jesus se apresenta em primeira pessoa e, com autoridade soberana, aperfeiçoa a Lei antiga: “Vocês ouviram o que foi dito aos antepassados… Mas eu lhes digo” (Mt 5,21s).
- Suas palavras são eficazes, isto é, realizam o que dizem. Um doente de pele se aproxima de Jesus e humildemente lhe pede: “Se queres, tens o poder de me purificar”, ao que o Mestre, sem rodeios, responde: “Eu quero, fique purificado” (Mc 1,40s). E a doença desaparece.
- Suas palavras são libertadoras. Eliminam doenças, perdoam pecados. Ele diz ao paralítico: “Filho, seus pecados estão perdoados… levante-se, pegue sua maca e vá para casa” (Mc 2,3s). E conforta a mulher pecadora: “Sua fé a salvou. Vá em paz” (Lc 7,50).
- As palavras de Jesus são portadoras de esperança e vida. Dirigindo-se à mulher pega cometendo adultério, Jesus orienta: “Vá e não peque mais” (Jo 8,1s). Ao falecido, filho único da viúva de Naim, Jesus determina: “Jovem, eu lhe ordeno, levante-se” (Lc 7,11s) e o entrega à sua mãe, maravilhada.
- Com expressões surpreendentes, Jesus defende os mais fracos: “Deixem as crianças e não as impeçam de vir a mim, porque delas é o Reino dos céus” (Mt 19,14).
- Suas palavras nos garantem a vida eterna e a feliz comunhão com ele: “Vou preparar um lugar para vocês… levarei vocês comigo, para que também vocês estejam onde eu estiver” (Jo 14,1s).
Incalculável é o número de palavras fecundas que Jesus proferiu durante sua vida pública. E o fez movido pelo ardente desejo de transformar a sociedade e renovar a vida de cada pessoa: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Jesus fala com autoridade porque suas obras manifestam seu poder divino e, naturalmente, porque arrisca a própria vida, a fim de implantar neste mundo um Reino de justiça, misericórdia e paz.
Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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