EM MARIA, TODA MULHER É BEM-AVENTURADA
Muitos são os devotos de Maria, a mãe de Jesus, que com muito carinho e respeito chamamos de Nossa Senhora. Pelo Brasil e pelo mundo as pessoas rezam o terço, seguem novenas, cantam ofícios em louvor daquela que Deus escolheu para ser a mãe do Salvador da humanidade.
Como é bonito contemplar isto: Deus, todo-poderoso, vem até nós e escolhe uma mulher simples, do povo, para ser o caminho por onde seu Filho chega à humanidade. Ao escolher Maria, Deus nos ensina a valorizar a mulher, pois por muito tempo e ainda hoje há quem a despreze, a trate mal ou pense que um ser humano é menos importante pelo fato de ser mulher. Se em nossos dias, depois de tanto progresso humano, muitas mulheres ainda são vítimas desse tipo de preconceito, nos tempos de Jesus a situação era muito mais difícil.
O Messias, o Cristo, o ungido de Deus, não veio diretamente do céu, em um carro de fogo ou algo assim. Ele veio como ser humano, como filho de Maria. Com isso, aprendemos que a maternidade não faz a mulher ser impura, ao contrário, ela se faz sacrário, templo vivo, santuário! Maria é o modelo de santuário da vida por ser a mãe do Salvador, mas toda mulher que aceita em seu ventre o dom da vida, cuidando dele com carinho, é também um santuário, pois todo ser humano é imagem e semelhança de Deus. Também são santuários as mulheres que, embora não sejam mães, dizem sim à vontade de Deus e, a exemplo de Maria, se põem a serviço dos mais necessitados.
Celebrando a Assunção de Nossa Senhora, recordemos especialmente as mulheres não reconhecidas em sua dignidade. Mesmo com diferenças entre si, o homem e a mulher são amados do mesmo modo por Deus. E se na comunidade ou na família exercem funções diferentes, de modo algum isso é motivo para que a mulher seja explorada ou fique com a carga mais pesada.
Olhando a mãe de Jesus, que foi assumida por Deus por ter dito “sim” ao seu plano de amor, peçamos a ele que nos ensine a perceber a dignidade da mulher, que deve ser companheira, estar ao lado – e não abaixo – do homem. Que em nossas comunidades e nossas famílias saibamos reconhecer o imenso bem que as mulheres nos fazem; que elas possam ter voz e participar em pé de igualdade nas decisões tomadas para o bem de todos.
Pe. Claudiano Avelino dos Santos, ssp
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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