Comunidade, Diversidade e Sustentabilidade. Segundo estudos do Instituto Gartner, um importante instituto de estudos dos impactos das tecnologias, nos diz que esses três elementos são fundamentais para podermos pensar e construir o nosso futuro como humanidade. Estamos em dezembro, daqui a poucos dias estaremos celebrando a entrada de um novo ano, com essas festividades encerramos mais um ciclo. É sempre conveniente aproveitar esses momentos para repensar nossas escolhas do passado e nossas perspectivas de futuro.
No mundo cristão, por causa do nascimento do Menino Deus, o último mês do ano também ganha um sentido muito especial, sobretudo para as diversas celebrações que realizamos incluindo aquelas celebradas em família. A partir desse nascimento único na história da humanidade se constitui propriamente a Família Sagrada, Jesus, Maria e José.
O fato de termos uma família na base da nossa religião e consequentemente na base da civilização ocidental deveria nos indicar muito bem como devemos nos posicionar em relação ao futuro, principalmente porque é olhando com responsabilidade para o futuro, que aprendemos a cuidar do presente e não usar as mesmas ferramentas equivocadas do passado. A família é antes de qualquer coisa uma comunidade e a nossa sociedade é por consequência uma grande comunidade cheia de comunidades menores. O Papa Francisco já repetiu inúmeras vezes que somos interdependentes, necessitamos uns dos outros. Para nós cristãos o viver juntos é um valor importante, no entanto, não é exclusivo, pois o futuro do ser humano de um modo geral depende da manutenção da vida em comunidade, ou seja, a família é um favor que precisa ser defendido, como ícone do nosso viver juntos.
Para construir uma comunidade de vida é preciso minimamente ter algo em comum de onde se possa partir. O sentido de sobrevivência ou preservação da vida é um bom exemplo. Além disso é preciso aceitar as diferenças, pois a diversidade é uma verdadeira riqueza para o desenvolvimento humano. Por último, é preciso acreditar e promover a sustentabilidade, pois não adiantaria querer viver em comunidade, aceitar os demais e depois encontrar-se sem ter onde morar com dignidade, visto que se não cuidarmos da nossa “Casa Comum”, dom de Deus, para onde iremos? Que mundo deixaríamos para as futuras gerações? Efetivamente não é ético legar um mundo sem condições de sobrevivência.
O nosso futuro é necessariamente hibrido em todos os sentidos, mas, sobretudo, no sentido de que devemos nos misturar (comungar) com os demais seres humanos e com as máquinas e tecnologias que criamos. No futuro, quem não souber lidar com tudo isso, que literalmente está reestruturando o planeta, como a Inteligência Artificial, o Big Data, a Internet das coisas, o Blochchain, a Robótica, a Nanotecnologia, a impressão em 3D, a computação quântica… ficaremos num passado sem recursos e sem participação. Hoje, parte da nossa memória já está em uma mídia digital, no futuro quem não souber lidar com essas evoluções, quem não for capaz de somar, ficará obsoleto, pois segundo o futurista Tiago Mattos, estamos na era do “e” e não do “ou”. Não precisamos ter medo das máquinas, basta sabermos utilizá-las a nosso favor e juntos. O futuro se constrói em comunidade, somando, não excluindo.