A alegria do amor: uma carta do papa sobre e para a família | Paulus Editora

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Família

14/04/2016

A alegria do amor: uma carta do papa sobre e para a família

Por Suzana Coutinho

No dia 19 de março de 2016 (dia de São José), o papa Francisco apresentou a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia: sobre o amor na família. O termo em latim significa “a alegria do amor” e a exortação é como um resultado do Sínodo dos Bispos sobre a família.

A exortação tem o olhar sobre a realidade da família, em duas grandes perspectivas: seus desafios, dificuldades e problemas, de um lado, e a esperança e a alegria que brotam do desejo de viver em família, de outro. No início do documento, o papa lembra que, “apesar dos numerosos sinais de crise no matrimônio ‘o desejo de família permanece vivo, especialmente entre os jovens, e isto incentiva a Igreja’”.

A realidade, na qual estão presentes as dores e as angústias, mas também as alegrias e as esperanças da família cristã, é iluminada pela Palavra de Deus e pelos documentos da Igreja. O que se pretende é não esquecer da realidade (os “pés assentes na terra”), nem o sonho de Deus sobre a vida humana. Mas, oferecer um olhar cristão sobre as famílias, que não as aponte como “um problema, são sobretudo uma oportunidade”.

A família é desejo de Deus e do coração humano. O encontro amoroso entre as pessoas é também sinal da presença divina. Mas, desde os escritos bíblicos, essa realidade que deveria ser permeada pelo amor, se vê às voltas com o sofrimento, o mal e a violência que “dilaceram a vida da família e a sua comunhão íntima de vida e de amor”.

A Igreja é chamada a fazer uma autocrítica, entre outros motivos, pela a visão reduzida do papel da família somente como procriação; o não acompanhamento correto dos jovens casais; uma teologia idealizada da vida familiar, sem considerar as duras realidades (sociais, econômicas, pessoais, espirituais, etc.) e, principalmente, sem anunciar às famílias a graça de Deus que as acompanha e as sustenta em suas dificuldades.

O caminho para a família e para a Igreja não poderia ser outro: o amor. Pois, “nenhuma família é uma realidade perfeita e confeccionada duma vez para sempre, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar”. E é o amor de Deus, aquele anunciado por Jesus, que aponta para a Igreja o caminho a ser traçado junto com as famílias cristãs: não julgar com dureza aqueles que vivem em condições de grande fragilidade, não perder as esperanças por causa dos limites humanos e não renunciar à procura da plenitude de amor e comunhão que foi prometida por Deus. Continuaremos a leitura e reflexão da exortação nos próximos meses.

3 comentários

21/4/2016

Regina Ferreira

Bem contextualizado , leitura prazerosa, Parabéns.

17/5/2016

Wirla

Pastoral

17/8/2016

Monica Dourado

Esse Papa faz msmo o papel dos seguidores de Jesus nos tempos em q esteve na terra,grande ser humano com uma humildade q ñ se ver em mtos .Vejo nele o rosto e as ações de Jesus.parabéns Francisco nosso irmão!!