A alegria do amor: a Palavra ilumina a vida | Paulus Editora

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Família

11/05/2016

A alegria do amor: a Palavra ilumina a vida

Por Suzana Coutinho

Em março de 2016, o papa Francisco publicou a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia (a alegria do amor), após o Sínodo dos Bispos sobre a Família. O documento está organizado com uma abertura inspirada na Sagrada Escritura; a situação atual das famílias; elementos da doutrina da Igreja sobre o matrimônio e a família; dois capítulos sobre o amor; apontamentos de caminhos pastorais; a educação dos filhos; um convite à misericórdia e ao discernimento pastoral diante das situações conflituosas e, por fim, a reflexão sobre a espiritualidade familiar.

Neste artigo, vamos apresentar uma leitura sobre o primeiro capítulo: “À luz da Palavra”. Nele, o papa recorda que a bíblia está cheia de “famílias, gerações, histórias de amor e de crises familiares”, que vão de Adão e Eva, em Gênesis, à imagem da Esposa e do Cordeiro no Apocalipse. Várias imagens bíblicas, no Antigo e no Novo Testamento, ligadas à família ajudam a entender quem é Deus e qual o seu desejo para a humanidade: casa, festa de núpcias, casal, filhos.

A união matrimonial é sinal da união entre Deus e a humanidade.

Os filhos são sinais de bênção e a família é o lugar da catequese: “onde os pais se tornam os primeiros mestres da fé para seus filhos” (n. 16).

Estes são preparados para viver sua vocação, assim como Jesus.

A casa torna-se a igreja doméstica, local “da presença de Cristo sentado à mesma mesa”, da oração comum e da bênção do Senhor (n. 15).

Mas, também o sofrimento, o mal, a violência que dilaceram a vida da família e a sua comunhão íntima de vida e de amor são realidades presentes na bíblia. Mesmo a família de Nazaré enfrenta dificuldades. Jesus se encontra com mães e pais desesperados pela perda de seus filhos. O trabalho, visto como sustento e estabilidade, também gera sofrimento, pelo desemprego e pela devastação da natureza.

No entanto, diante da dor, Jesus é a presença de Deus que entra nas casas, pois ele é aquele que vem para “enxugar todas as lágrimas dos seus olhos, e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor” (Ap 21, 4). E ensina a viver o amor e o dom de si mesmo, a praticar a misericórdia que não condena a pecadora, mas a convida a uma vida digna. Assim, “a família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito” (n. 29).

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