Índice | Ajuda | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Biblioteca IntraText | Èulogos
Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
IntraText CT - Texto
Precedente - Sucessivo

8

SEGUNDO LIVRINHO:

A DINÂMICA DO REINO

Parte narrativa: Os sinais do Reino

Jesus purifica -* 1 Quando Jesus desceu da montanha, grandes multidões começaram a segui-lo. 2 Eis que um leproso aproximou-se e ajoelhou-se diante de Jesus, dizendo: «Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar3 Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: «Eu quero, fique purificado.» No mesmo instante o homem ficou purificado da lepra. 4 Então Jesus lhe disse: «Não conte isso a ninguém! pedir ao sacerdote para examinar você, e depois faça a oferta que Moisés mandou, a fim de que seja um testemunho para eles.»

As fronteiras do Reino -* 5 Jesus estava entrando em Cafarnaum, quando um oficial romano se aproximou dele, suplicando: 6 «Senhor, meu empregado está em casa, de cama, sofrendo muito com uma paralisia7 Jesus respondeu: «Eu vou curá-lo.» 8 O oficial disse: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e meu empregado ficará curado. 9 Pois eu também obedeço a ordens e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: , e ele vai; e a outro: venha, e ele vem; e digo ao meu empregado: faça isso, e ele faz

10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: «Eu garanto a vocês: nunca encontrei uma igual a essa em ninguém de Israel! 11 Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó. 12 Enquanto os herdeiros do Reino serão jogados nas trevas exteriores onde haverá choro e ranger de dentes13 Então Jesus disse ao oficial: «, e seja feito conforme você acreditou.» E nessa mesma hora o empregado do oficial ficou curado.

Ser livre para servir -* 14 Jesus foi para a casa de Pedro, e viu a sogra de Pedro deitada, com febre. 15 Então Jesus tocou a mão dela, e a febre a deixou. Ela se levantou, e começou a servi-los.

Jesus é o Servo de Javé -* 16 À tarde, levaram a Jesus muitas pessoas que estavam possuídas pelo demônio. Jesus, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os doentes, 17 para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías: «Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças

Exigências para seguir Jesus -* 18 Vendo grandes multidões ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem. 19 Então um doutor da Lei se aproximou e disse: «Mestre, eu te seguirei aonde quer que fores20 Mas Jesus lhe respondeu: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça21 Outro, que era discípulo, disse a Jesus: «Senhor, deixa primeiro que eu sepultar meu pai22 Mas Jesus lhe respondeu: «Siga-me, e deixe que os mortos sepultem seus próprios mortos

Jesus é o Senhor das situações -* 23 Então Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24 E eis que houve grande agitação no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, estava dormindo. 25 Os discípulos se aproximaram e o acordaram, dizendo: «Senhor, salva-nos, porque estamos afundando26 Jesus respondeu: «Por que vocês têm medo, homens de pouca ?» E, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e tudo ficou calmo. 27 Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é esse homem, a quem até o vento e o mar obedecem

Jesus desaliena os homens -* 28 Quando Jesus chegou à outra margem, à terra dos gadarenos, foram ao encontro dele dois homens possuídos pelo demônio. Saíam do meio dos túmulos e eram muito selvagens, de modo que ninguém podia passar por esse caminho. 29 Então eles gritaram: «Que é que entre nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo

30 Havia, ao longe, uma grande manada de porcos que estavam pastando. 31 Os demônios suplicavam: «Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos32 Jesus disse: «Podem ir.» Os demônios saíram, e foram para os porcos; e eis que toda a manada se atirou monte abaixo para dentro do mar e morreu afogada.

33 Os homens que guardavam os porcos saíram correndo, foram à cidade e contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34 Então toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Vendo-o, começaram a suplicar que Jesus se retirasse da região deles.




* 8,1-4: O leproso era um marginalizado da vida social (Lv 13,45-46). Através da cura, Jesus o reintegra na comunidade (Lv 14). O verdadeiro cumprimento da Lei não é declarar quem é puro ou impuro, mas fazer com que a pessoa fique purificada.



* 5-13: Atendendo ao pedido de um pagão, Jesus mostra que as fronteiras do Reino vão muito além do mundo estreito da pertença a uma origem privilegiada. A fronteira agora é a fé na palavra libertadora de Jesus. Mesmo pertencendo ao grupo dos que se consideram salvos, se não houver essa fé, também não haverá possibilidade de entrar no Reino de Deus.



* 14-15: A presença de Jesus na comunidade liberta as pessoas do mal. Em resposta, as pessoas libertas se põem a serviço da comunidade.



* 16-17: Mateus mostra o sentido das curas realizadas por Jesus. Citando Is 53,4, ele apresenta Jesus como o Servo de Javé, que liberta os homens de tudo aquilo que os aliena e oprime (demônios).



* 18-22: Para seguir a Jesus, a pessoa precisa estar disposta a duas coisas: correr o risco da insegurança sobre o futuro, e estar pronta para não adiar o compromisso.



* 23-27: É nos momentos de crise e dificuldades diante do mundo que a comunidade cristã (discípulos) mostra se confia ou não na presença de Jesus em seu meio. As situações críticas são sempre um termômetro que mede o grau de consciência da maturidade ou infantilidade da fé.



* 28-34: Cf. nota em Mc 5,1-20. Para desalienar os homens não existe limite de espaço («aqui») e de tempo («antes do tempo»). Mateus mostra que Jesus realizou sua ação libertadora, mesmo que para isso tivesse que «invadir» áreas pagãs, consideradas propriedade do demônio.






Precedente - Sucessivo

Índice | Ajuda | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Biblioteca IntraText | Èulogos

IntraText® (V7n) © 1996-2002 Èulogos
Copyright Èulogos / Paulus © 2002