QUE NADA SE PERCA | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
QUE NADA SE PERCA

A comemoração de Todos os Fiéis Falecidos é ocasião para recordar aqueles que já passaram por este mundo, para agradecer o bem que puderam fazer, o amor que conseguiram espalhar.

É também ocasião para pensar na própria morte. Não para deixar de fazer planos, mas para direcionar a própria vida na perspectiva dos seguidores de Jesus, o Filho que revela o amor pleno do Pai e busca a todo custo salvar a todos.

Salvar de que, para que e como? Salvar “de” uma vida sem sentido, que se perde no nada; salvar “para” a vida eterna, na ressurreição que nos abre a visão e o ser de Deus, o tudo para sempre; salvar “pela” fé nele mesmo, o Filho de Deus, aderindo às suas palavras, assimilando sua vida, doada como alimento para a vida do mundo.

É oportuno, portanto, pensar na morte em relação à vida. Dizemos que o contrário da morte é a vida. Mas a morte terrena não é o fim da vida. O contrário da morte terrena é tão somente o nascimento neste mundo. A vida continua, plenificada por Deus, que nos ressuscita por sua graça. Pois é de graça que Deus nos dá a vida eterna, resgatando o pouco que aqui tivermos feito, completando o muito que ficou faltando. E isso porque ele ama.

Pensar na morte é pensar no amor que se doa, no amor que dá sentido à nossa vida; no amor que revela qual é nossa fé, nossa adesão a Jesus; no amor que somos chamados a viver hoje, porque hoje pode ser de fato nosso último dia.

Ao rezar por nossos entes queridos que já vivem na comunhão dos santos, agradeçamos ao Deus da Vida, que nos ama e, em seu Filho, dá sentido à nossa existência. A fé na eternidade e a certeza da morte terrena nos levam a relativizar o que aqui deixaremos para dar a devida importância ao que levaremos para junto de Deus.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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