2 de novembro: Finados | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
2 de novembro: Finados

LUZ, CONFORTO E ESPERANÇA

Toda pessoa já se perguntou qual é o sentido da morte. O que existe após a morte? É curioso constatar que mesmo quem se diz ateu tenta dar alguma explicação para a vida depois da morte. Penso que sobre esse tema, tão real quanto complicado, podemos consultar o Mestre Jesus Cristo. Que sentido Jesus dá para a nossa morte? Quando terminar nossa peregrinação terrena, para onde iremos?

1º) A vida do ser humano não acaba aqui; somos criados para a vida eterna. O fato de Jesus vir ao mundo, encarnar-se, aplicar todas as suas energias para melhorar o mundo e, no fim, morrer por nós só tem sentido se nossa vida se prolongar na eternidade. Estamos guardados nas mãos de nosso Salvador Jesus Cristo, que diz: “A vontade daquele que me enviou é que eu não perca nenhum dos que ele me tem dado, mas que eu ressuscite a todos no último dia” (Jo 6,39).

2º) Antes de voltar ao Pai, Jesus confortou seus discípulos, garantindo-lhes que não os deixaria sozinhos, desorientados, sem rumo: “Vou preparar um lugar para vocês. E quando eu for e tudo estiver preparado, voltarei e levarei vocês comigo, para que vocês estejam onde eu estiver” (Jo 14,2-3).

3º) O apóstolo Paulo, que alcançou profundo grau de intimidade com Jesus Cristo, ilumina-nos com palavras sábias, ao dizer que neste mundo estamos só de passagem; que nossa morada permanente é o céu: “Desfeita a nossa morada terrestre, esta tenda, temos de Deus um edifício, uma eterna morada nos céus, não feita por mãos humanas” (2Cor 5,1). E a carta aos Hebreus reforça essa mesma ideia: “Não temos aqui a nossa pátria definitiva, mas buscamos a pátria futura” (Hb 13,14).

Então, a fé cristã nos oferece luz, conforto e esperança quanto ao que nos espera depois de nossa morte. Luz, porque sabemos qual é a nossa meta, aonde vamos. Conforto, porque alivia nosso coração diante da morte alheia e nos tira qualquer angústia ou medo diante da nossa inevitável morte. Esperança, porque já contemplamos antecipadamente o ambiente que será nosso, após esta vida: “Aos que a certeza da morte entristece, a promessa de imortalidade consola. Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível” (Prefácio dos Fiéis Defuntos I).

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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