A alegria do amor é fecunda | Paulus Editora

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Família

14/09/2016

A alegria do amor é fecunda

Por Suzana Coutinho

No capítulo cinco da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia, o papa Francisco reflete sobre o “Amor que se torna fecundo”. Aqui, fecundidade tem seu sentido ampliado, não se tratando apenas da procriação, mas do cuidado com a vida, dom de Deus.

O nascimento dos filhos ajuda a descobrir a dimensão mais gratuita do amor, pois eles são amados antes de nascer, antes de ter feito algo para o merecer. No entanto, numerosas crianças são rejeitadas e abandonadas, o que leva a Igreja a continuar proclamando o valor inviolável de toda a vida. Por isso, toda criança deve ser acolhida por adultos que possam assumir a responsabilidade por sua guarda.

A chegada dos filhos, motivo sempre de alegria, deve ser vivida com responsabilidade. Os pais devem ter a liberdade de escolher quantos filhos terão, mas isso deve ser feito considerando a realidade e situação em que vivem e seus desejos.

A mãe colabora com Deus para que se verifique o milagre de nova vida e a gravidez é momento de mãe e pai sonharem o filho, dando espaço para o amor crescer, ao mesmo tempo em que preparam para o batismo.

Toda a criança tem direito a receber o amor de uma mãe e de um pai, necessários para o seu amadurecimento íntegro e harmonioso, e com eles aprender também a amar. Destaca-se a fundamental presença da mãe, testemunhando sempre a ternura, a dedicação, a força moral e as práticas religiosas. Do pai, espera-se a orientação e o convite ao esforço e à luta, estando próximo da esposa, com ela compartilhando a vida, e dos filhos, durante seu crescimento.

A maternidade não é uma realidade exclusivamente biológica, mas expressa-se de diversas maneiras. Na adoção, o amor se exprime na acolhida e no cuidado. No entanto, é urgente impedir o tráfico de crianças.

O amor da família também se torna fecundo com a vivência da solidariedade, levando, para os espaços públicos, a fraternidade, a sensibilidade social, a defesa das pessoas frágeis, a fé luminosa, a esperança ativa. A vida sacramental se integra com o reconhecimento do Corpo do Senhor na comunidade, o que não permite ficar indiferente aos sofrimentos das famílias pobres.

A família deve ser vivida no seu sentido mais amplo, uma família alargada: pais, primos, tios e vizinhos. Isso pede o cuidado com os idosos, com os mais frágeis da comunidade, com os parentes do cônjuge, embora se deva preservar a legítima autonomia e a intimidade do casal.

6 comentários

14/9/2016

Maria Beatriz Rodrigues Oliveira Silva

Muito bom, esta reflexão! Hoje, muitos pais não têem a mínima preparação pra receber seus filhos!

14/9/2016

Wellington José

Excelente texto para uma família refletir. No entanto para ser completa a orientação à família, necessita lançar um olhar para o futuro , quanto a formação das crianças. - Cobrar dos pais princípios para educar. Orientar e acompanhar sempre a caminhada do Filho. Discutir em família Valores familiares, religiosos, ética/moral,cívica e educacional. Creio que agradaria bem aos céus. Por que nos calamos?

14/9/2016

Luiz Eduardo Andrade

Objetivo,com clareza ! Muito bom.

14/9/2016

Euvaldo

Olha aí meu amigo, uma ótima reflexão para as famílias.

14/9/2016

Elza de Oliveira Tagliatella

É um texto de grande valor e da qual muitos desconhecem.

15/9/2016

RAISSA LOPES

Muito bom, adorei!