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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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4. Textos diversos

A única saída -* 1 Quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, estava guerreando contra Jerusalém e as outras cidades que dela dependem, acompanhado não só com o seu exército, mas também com os reis dos países que ele tinha dominado e com seus exércitos, Javé dirigiu a palavra a Jeremias: 2 Assim diz Javé, o Deus de Israel: Fale com Sedecias, rei de Judá, e diga-lhe: Assim diz Javé: Eu estou para entregar esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, para que a incendeie. 3 Você não escapará das mãos dele, mas será preso e entregue nas mãos dele: você terá que olhar nos olhos do rei da Babilônia e falar pessoalmente com ele, e depois será levado para a Babilônia. 4 Sedecias, rei de Judá, ouça a palavra de Javé: Assim diz Javé: Você não morrerá pela espada; 5 morrerá em paz. Da mesma forma como se queimam perfumes por seus antepassados, aqueles reis que o precederam, também se queimarão perfumes por você, e também lamentarão por você cantando: «Ah, MajestadeSou eu quem o declaro - oráculo de Javé.

6 O profeta Jeremias falou tudo isso ao rei Sedecias, rei de Judá em Jerusalém. 7 O exército do rei da Babilônia estava atacando Jerusalém e outras cidades de Judá: Laquis e Azeca, as duas últimas fortalezas que ainda resistiam.

Libertação ou manipulação -* 8 Palavra que Javé dirigiu a Jeremias depois que o rei Sedecias fez um acordo com todo o povo que havia em Jerusalém, para proclamar a liberdade dos escravos: 9 cada um deveria dar liberdade ao seu escravo ou escrava hebreu ou hebréia, para que nenhum judeu fosse escravo do seu irmão. 10 As autoridades todas e também todo o povo respeitaram o acordo que tinham feito de cada um dar liberdade aos seus escravos e escravas, de modo a não mais escravizarem uns aos outros. Obedeceram e os puseram em liberdade. 11 Mas depois disso, eles voltaram atrás e fizeram voltar de novo seus escravos e escravas, que tinham libertado, e os submeteram de novo à escravidão. 12 Então Javé dirigiu a palavra a Jeremias: 13 Assim diz Javé, o Deus de Israel: Eu mesmo fiz uma aliança com os antepassados de vocês, quando os tirei da terra do Egito, da casa da escravidão, dizendo: 14 «Ao fim de cada sete anos, todos darão liberdade ao seu irmão hebreu, que haviam comprado e que lhes havia servido durante seis anos. Deve dar-lhe então a liberdade». Mas os antepassados de vocês não me escutaram nem me obedeceram. 15 Hoje vocês haviam se convertido para fazer o que eu aprovo: cada um proclamar a liberdade do seu próximo e fazer uma aliança sobre isso na minha presença, no Templo em que o meu nome é invocado. 16 Mas depois vocês recuaram e profanaram o meu nome, ao trazer de volta os escravos e escravas que tinham libertado, submetendo-os de novo à escravidão. 17 Por isso, assim diz Javé: que vocês não me obedeceram quando eu mandei que cada um desse liberdade ao seu irmão e ao seu próximo, então agora eu proclamarei a liberdade - oráculo de Javé - para a espada, a fome e a peste. Vou fazer de vocês uma coisa que causa espanto entre os reinos da terra. 18 Aqueles homens não respeitaram a minha aliança: não cumpriram a palavra da aliança que fizeram comigo. Vou fazê-los ter a sorte do novilho que cortaram ao meio e passaram entre as duas metades. 19 Quanto aos chefes de Judá e Jerusalém, aos funcionários, sacerdotes e pessoas do povo que passaram entre as metades do novilho, 20 vou entregá-los nas mãos de seus inimigos, daqueles que querem a morte deles. Seus cadáveres servirão de comida para as aves do céu e para as feras da terra. 21 Quanto a Sedecias, rei de Judá, e a seus chefes, também vou entregá-los nas mãos de seus inimigos, dos que querem a morte deles: o exército do rei da Babilônia, que agora se afastou de vocês. 22 Eu os mandei - oráculo de Javé - e vou trazê-los de volta contra esta cidade, para atacá-la, conquistá-la e incendiá-la. Também transformarei as cidades de Judá num deserto, sem habitante nenhum.




* 34,1-7: Estamos em 587 a.C. e o exército de Nabucodonosor devasta a Palestina; Sedecias, rei de Judá, tenta revoltar-se contra o rei da Babilônia. Jeremias considera isso uma temeridade: a única forma de sobreviver, nesse momento histórico, é submeter-se ao rei da Babilônia.



* 8-22: Devido ao cerco que o exército babilônico faz em Jerusalém, o rei Sedecias usa uma estratégia para aumentar o exército: liberta os escravos de acordo com a prescrição de Dt 15,12ss. O exército inimigo, porém, se afasta da cidade para combater o exército egípcio. Julgando-se livre do perigo, Sedecias volta atrás, revogando o decreto que libertava os escravos. Para Jeremias, isso é uma falsidade para com Javé e os irmãos: um povo que não é capaz de instaurar a liberdade em suas próprias fronteiras, acabará sendo escravo de outro povo. Sobre a lei da libertação de escravos, cf. nota em Dt 15,12-18.






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