Índice | Ajuda | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Biblioteca IntraText | Èulogos
Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
IntraText CT - Texto
Precedente - Sucessivo

37

3. História de José e seus irmãos

Preferências provocam inveja -* 1 Jacó permaneceu em Canaã, a terra em que seu pai tinha morado. 2 Esta é a história de Jacó.

José tinha dezessete anos e pastoreava o rebanho com seus irmãos. Ajudava os filhos de Bala e Zelfa, mulheres de seu pai. Certo dia, falou a seu pai da fama que eles tinham. 3 José era o preferido de Israel, porque era o filho de sua velhice e, por isso, mandou fazer para ele uma túnica de mangas longas. 4 Seus irmãos perceberam que o pai o preferia aos outros filhos. Por isso, ficaram com raiva, e não falavam amigavelmente com ele.

5 Um dia, José teve um sonho e o contou a seus irmãos, que ficaram com mais raiva dele. 6 José disse aos irmãos: «Escutem o sonho que eu tive. 7 Estávamos atando feixes no campo; meu feixe se levantou e ficou de e os feixes de vocês o rodearam e se prostraram diante dele». 8 Os irmãos lhe perguntaram: «Será que você está querendo ser nosso rei ou dominar-nos como senhor?» E eles ficaram com mais raiva ainda, por causa dos sonhos que José lhes contava. 9 E José teve mais um sonho que contou a seus irmãos: «Tive outro sonho: o sol, a lua e onze estrelas se prostravam diante de mim». 10 Ele contou o sonho a seu pai e aos irmãos. Então o pai o repreendeu, dizendo: «Que sonho é esse que você teve? Quer dizer que eu, sua mãe e seus irmãos vamos prostrar-nos por terra diante de você11 Os irmãos ficaram com ciúmes de José, enquanto o pai meditava sobre o assunto.

Inveja produz ódio fratricida -* 12 Os irmãos de José foram apascentar o rebanho de seu pai em Siquém. 13 Israel disse a José: «Seus irmãos devem estar com os rebanhos em Siquém. Venha ! Vou mandar você até onde eles estão». José respondeu: «Aqui estou». 14 O pai lhe disse: «Então ver como estão seus irmãos e o rebanho, e traga-me notícias». O pai o mandou do vale de Hebron, e José chegou a Siquém.

15 Um homem encontrou José que andava errante pelos campos. E lhe perguntou: «O que é que você está procurando16 José respondeu: «Procuro meus irmãos. Por favor, diga-me: onde eles estão apascentando os rebanhos17 O homem disse: «Eles partiram daqui, e eu os ouvi dizer que iam para Dotain». Então José foi à procura de seus irmãos e os encontrou em Dotain. 18 Os irmãos o viram de longe e, antes que se aproximasse, começaram a planejar a morte dele. 19 Disseram entre si: «Aí vem o sonhador! 20 Vamos matá-lo e jogá-lo num poço. Diremos que um animal feroz o devorou. Veremos, então, para que servem seus sonhos».

21 Rúben ouviu isso e procurou salvar José das mãos deles. Rúben disse: «Não vamos matá-lo». 22 E continuou: «Não derramem sangue. Joguem o rapaz nesse poço do deserto, mas não levantem a mão contra ele». Rúben pretendia salvar José das mãos deles e devolvê-lo ao pai. 23 Quando José chegou ao lugar onde estavam seus irmãos, eles lhe arrancaram a túnica de mangas longas, 24 o agarraram e o jogaram dentro de um poço vazio, onde não havia água. 25 Depois, sentaram-se para comer.

Levantando os olhos, viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Galaad. Seus camelos estavam carregados de especiarias, bálsamo e resina, que levavam para o Egito. 26 Então Judá falou a seus irmãos: «Que vamos ganhar matando nosso irmão e escondendo o crime? 27 Vamos vendê-lo aos ismaelitas, mas não levantemos a mão contra ele, pois afinal ele é nosso irmão, da mesma carne que nós». Os irmãos concordaram. 28 Quando passaram alguns mercadores madianitas, estes retiraram José do poço, e depois venderam José aos ismaelitas por vinte moedas de prata, e estes o levaram para o Egito. 29 Quando Rúben voltou ao poço, viu que José não estava mais aí. Então rasgou as vestes 30 e, voltando até os irmãos, falou: «O rapaz não está mais lá. E eu, para onde irei

31 Então pegaram a túnica de José e, degolando um bode, molharam a túnica no sangue. 32 Mandaram levar a túnica para o pai, dizendo: «Encontramos isso; veja se é ou não é a túnica do seu filho». 33 O pai olhou e disse: «É a túnica do meu filho! Uma fera o devorou: José foi despedaçado34 Jacó rasgou as vestes, vestiu-se de luto e chorou a morte do filho por muito tempo. 35 Todos os seus filhos e filhas procuraram consolá-lo, mas ele recusava consolo e dizia: «De luto por meu filho descerei ao túmulo». E seu pai chorou por ele.

36 Entretanto, os madianitas no Egito venderam José para Putifar, ministro e chefe da guarda do Faraó.




* 37,1-11: A história de José se abre num clima dramático: preferido pelo pai e odiado pelos irmãos, descortina-se diante dele um futuro importante, apresentado em sonhos. O final da história apresentará José como instrumento de Deus para salvar a própria família.



* 12-36: Como no caso de Caim, inveja e ódio fazem que os irmãos projetem a morte de José. Sendo primogênito, Rúben se sente responsável e procura salvar José. Os fatos, porém, se precipitam e todos pensam que José morreu. Agora é a vez de Jacó pagar as tramas que havia feito contra seu irmão Esaú e seu pai Isaac.






Precedente - Sucessivo

Índice | Ajuda | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Biblioteca IntraText | Èulogos

IntraText® (V7n) © 1996-2002 Èulogos
Copyright Èulogos / Paulus © 2002