Título: O princípio da razão durante – Comunicação para os antigos, a fenomenologia e o bergsonismo – Nova Teoria da Comunicação III – Tomo I 
Autor: Ciro Marcondes Filho
Coleção: Comunicação
Acabamento: costurado
Formato: 13,5 cm x 21 cm
Páginas: 256
Área de interesse: Comunicação

Husserl, Merleau-Ponty, Henri Bérgson e Heráclito. Esses estudiosos que, com suas reflexões filosóficas, contribuíram para o estudo da ciência da comunicação pavimentam a estrada que conduz o leitor nas reflexões propostas em O princípio da razão durante: Comunicação para os antigos, a fenomenologia e o bergsonismo – Nova Teoria da Comunicação III – Tomo I, da PAULUS.

O livro parte de um estudo sobre presença da comunicação no pensamento antigo, especialmente entre os gregos. Além disso, dedica-se aos desdobramentos da fenomenologia, introduzindo o leitor inicialmente no pensamento de seu fundador, Edmond Husserl, e, posteriormente, nos corretivos que a obra sofreu por parte dos seguidores desse pensador.

“No final do século 19, o filósofo é forte simpatizante das ciências positivas, da autossuficiência e mesmo onipotência da ciência, mas começam a se delinear em suas reflexões elementos da crítica ao conhecimento. Husserl pensa em algo semelhante ao sujeito puro kantiano, posteriormente visto como ‘sujeito concreto’, conforme Bérgson e Dilthey”, explica o autor.

Já na terceira parte, a obra ocupa-se plenamente dos pensadores alemães que gravitaram em torno de Max Horkheimer. De acordo com Ciro Marcondes, o grupo de filósofos da Teoria Crítica teve uma excepcional importância no período anterior e durante a II Guerra Mundial, funcionando como pólo de resistência política e intelectual ao nazismo. “Esse fato ratificou e legitimou sua ação teórica no campo do combate ao uso político e totalitário dos meios de comunicação. Mas essa seção extrapola o grupo de Frankfurt, trabalhando também com os estudiosos que estavam fora da equipe de Horkheimer, como Bloch, Klages, Lorenzer e Anders”, afirma.

A obra ainda explora as contribuições do círculo cibernético e também as teorias que operam com o diálogo, as relações interpessoais, chegando até as tentativas das teorias latino-americanas de fazer um estudo inovador da comunicação.

Por fim, o autor apresenta, em detalhes, o princípio da razão durante proposição de uma ontologia e de uma epistemologia para um estudo diferenciado da comunicação, tanto interpessoal quanto em larga escala e por computador. Para construir esse conceito, Ciro Marcondes busca suporte na obra literária Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, que funciona como uma espécie de proposição exemplificadora das diversas inovações no campo da teoria.

Da coleção Comunicação, O princípio da razão durante: Comunicação para os antigos, a fenomenologia e o bergsonismo – Nova Teoria da Comunicação III – Tomo I  conta com pequenos quadros e gráficos, elementos que ajudam o leitor a compreender melhor a temática proposta e as mudanças do ambiente comunicacional ao longo da história.

Ciro Marcondes Filho dirige o Núcleo de Estudos Filosóficos da Comunicação (FiloCom) e o Núcleo José Reis de Divulgação Científica, ambos ligados à Escola de Comunicações e Artes da USP. Preside atualmente a Comissão de Relações Internacionais da ECA-USP. É conferencista, tradutor, professor universitário. Formou-se em Jornalismo e Ciências Sociais, doutorou-se na Alemanha e pós-doutorou-se na França, tendo publicado coletâneas, traduções e obras próprias nas áreas de comunicação, filosofia, jornalismo, violência e cultura. Produziu ultimamente na Rádio USP-FM a série de programas O teatro do Mundo – A Canção. Obras mais recentes, publicadas pela PAULUS: A produção social da loucura, 2003; Até que ponto de fato nos comunicamos, 2004; O escavador de silêncios, 2004; Para entender a comunicação, 2008; O pulsar da vida, 2008; Ser jornalista: O desafio das tecnologias e o fim das ilusões, 2009; Ser jornalista: A língua como barbárie e a notícia como mercadoria, 2009; Superciber: a civilização mítico-tecnológica do século 21, 2009.