Pentateuco 10. Números | Paulus Editora

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Bíblia

06/10/2016

Pentateuco 10. Números

Por Nilo Luza

O livro dos Números é o quarto livro da Bíblia e do Pentateuco. Na Bíblia Hebraica, os livros tomam o nome das primeiras letras. O nome “números” foi adotado pela Bíblia Grega (Septuaginta). Provavelmente recebeu esse nome porque o livro dedica alguns capítulos a recenseamentos.

Assim como a maioria dos livros bíblicos, o livro dos Números é montado em cima de material mais antigo e mais tardio. Nele encontramos material das três principais tradições do Pentateuco: javista, eloísta e sacerdotal. O material mais recente surgiu na escola sacerdotal, durante o exílio babilônico e logo após. Os fatos narrados são bem antigos, na época da formação do povo de Israel, mas a maior parte de sua elaboração é bem mais tardia.

O conteúdo do livro pode ser dividido em quatro partes: 1) No deserto do Sinai: organização da comunidade e preparativos para a viagem (1,1-10,10). Essa parte se liga com o Êxodo e o Levítico. 2) Saída do Sinai e marcha até Cades (10,11-19,22). 3) Caminhada de Cades até as planícies de Moab (20,1-22,1). 4) Nas planícies de Moab: preparação para entrar na Terra Prometida. Essa parte se liga com o Deuteronômio, último livro do Pentateuco. O livro completa o grande bloco sacerdotal que vai de Êxodo 25,1 a Números 36,13, incluindo todo o Levítico.

O livro narra, sob a liderança de Moisés e Aarão, a história da caminhada do povo pelo deserto do Sinai até vislumbrar a Terra Prometida e fala das leis ditadas ao longo da caminhada. Descreve a marcha como uma grande procissão. Cada tribo carrega sua bandeira. Os levitas eram encarregados de transportar o santuário. Deus estava presente nessa marcha, representado pela nuvem.

A história do povo em marcha pelo deserto é cheia de altos e baixos. O povo se queixa do maná e a falta da carne; reclama da falta da água; enfrenta uma praga de cobras venenosas; cai na idolatria e na devassidão. Mesmo diante das quedas e reclamações do povo, Deus se mostra paciente e misericordioso, perdoa a culpa e a rebeldia. A busca da liberdade e de uma vida digna nem sempre é conquista fácil, exige empenho e perseverança, superando conflitos e obstáculos.

O livro dos Números mostra que o povo de Deus é um povo sempre em marcha, um povo de profetas, iluminado pela palavra de Deus e dedicado ao culto ao Senhor. Diante das revoltas, o povo encontra a advertência de Deus, mas ao mesmo tempo perdão, misericórdia e acolhida. O deserto é lugar de purificação, mas também de formação de uma consciência que lembra a o povo de sua pertença a Deus.

5 comentários

6/10/2016

Clarice Lucatelli Deon

Anexo

6/10/2016

Maria Luzia Maia Cordeiro de Sousa

Bom dia! Gostei muito de receber e ler este estudo do Antigo Testamento, foi uma explicação para eu entender melhor . Obrigada.

6/10/2016

Wellington José

Hoje, o povo precisa se por a caminho. Diante da degradação moral precisamos de Moisés para orientar o povo. É preciso superar o deserto da ignorância.

27/6/2019

A Bíblia: Números – Instituto Fé e Vida

[…] Fonte: Paulus […]

15/11/2019

Eduardo Loureiro

Amei a explicação benção , Deus abençoe!