Em 19 de abril, comemora-se o “Dia dos Povos Indígenas”, data escolhida para celebrar a cultura indígena e suas lutas diárias por sobrevivência, dignidade, saúde, cultivo de suas memórias, lendas e tradições, preservação da terra, da natureza e da garantia do direito de simplesmente existir. Além disso, a celebração surge como incentivo para explicitar a diversidade dos povos originários e suas contribuições para as sociedades. 

A data de comemoração da cultura indígena surge a partir do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, ocorrido em 19 de abril de 1940, que teve por base reunir os líderes indígenas das diferentes regiões do continente americano e zelar pelos seus direitos.  No Brasil, a data, anteriormente lembrada com o título “Dia do índio”, a partir de 2022 passou a ser celebrada como o “Dia dos Povos Indígenas”. 

Na opinião de Marlete Cardoso, autora da obra infantil “História baseada em aldeias reais”, publicada pela PAULUS Editora, a comemoração do “Dia dos Povos Indígenas” é uma oportunidade para a sociedade pensar e aprender sobre novas formas de respeito a esses povos que, segundo ela, valentemente estão há mais de 500 anos tentando “amansar” a nossa fome de terra. Para a autora, entre tantos aprendizados, a lição mais premente que os povos originários ensinam é sobre a preservação das florestas, pois disso, depende a continuidade da vida como a conhecemos no planeta.

Segundo o Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a população de povos originários atingiu a marca de 1.693.535 pessoas, representando 0,83% do total de habitantes do país. De acordo com a pesquisa, pouco mais da metade (51,25%) da população indígena está concentrada na Amazônia Legal.

“A celebração do “Dia dos Povos Indígenas” é uma boa oportunidade de olharmos para eles como irmãos. Irmãos mais velhos que chegaram aqui, antes de nós e podem nos ensinar a vivermos com menos coisas, menos preocupações e mais leveza. Enfim, a sermos felizes!”, enfatiza Marlete Cardoso.

Para celebrar a data, a PAULUS Editora indica alguns títulos que suscitam diversas reflexões acerca da realidade dos povos indígenas, assim, como suas contribuições para a cultura universal. Confira:

História baseada em aldeias reais

Na obra “História baseada em aldeias reais”, publicada pela PAULUS Editora, a escritora catarinense Marlete Cardoso e a ilustradora Wanessa Ribeiro, convidam o leitor a inteirar-se de preciosos registros de memórias, vivências e aprendizados com os  povos indígenas que proclamam o amor à terra e o valor das pequenas coisas. O conteúdo parte das vivências da própria autora em aldeias localizadas no estado de Santa Catarina (SC). Por meio da vivência de Marlete Cardoso junto às comunidades indígenas, o livro chama a atenção para os problemas que atingem o cotidiano desses povos. Saiba mais.

A terra sem males – Mito guarani

A publicação “A terra sem males – Mito guarani”, da PAULUS Editora, fala do profundo anseio do ser humano por um mundo melhor, mais feliz, sem guerras e sem maldades. No livro, Guirapoty parte com sua família em direção ao mar para escapar do incêndio que vai acabar com a terra, mas o pajé prevê que logo aconteceriam enchentes, e, para proteger sua família, ele constrói uma casa. A obra apresenta também uma seção informativa, na qual o leitor tem a oportunidade de conhecer o sentido do mito, bem como os elementos da história e da cultura indígena no Brasil. Saiba mais.

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