O PÃO QUE GARANTE A VIDA | Paulus Editora

O Domingo
O PÃO QUE GARANTE A VIDA

Parece que a multidão não havia entendido o gesto da multiplicação ou da partilha do pão. Por isso, o evangelista introduz o discurso sobre o pão da vida. A multiplicação deve ser vista como sinal: o acesso ao pão de cada dia leva ao compromisso com Jesus e com seu projeto. As motivações da procura por Jesus podem variar; todavia, procurá-lo apenas quando se tem alguma necessidade pessoal – para satisfazer “a própria” necessidade, para resolver “o próprio” problema – não passa de egoísmo.

O pão material é importante para a sobrevivência e é necessidade básica de todo ser humano. Ninguém poderia passar fome. Infelizmente, em pleno século 21, ainda há milhões de famintos espalhados pelo mundo. Mesa farta é símbolo do banquete do Reino do céu.

No entanto, além do alimento que garante a sobrevivência, a pessoa necessita de algo mais: do alimento oferecido por Jesus, o qual sacia a fome de vida plena. Sem ignorar o transitório e o perecível, o ser humano é chamado a ir além. Cabe-lhe despertar para o essencial, que humaniza, que o torna comprometido com Jesus e com os outros.

 Entrar na barca é trilhar os passos de Jesus e com Jesus; é nutrir-nos do alimento da vida eterna que ele nos oferece, para definitivamente aplacarmos nossa fome de justiça, paz, esperança, solidariedade e fraternidade. Esse é o alimento que permanece até a vida eterna e que nos foi dado pelo próprio Jesus. Realiza as obras de Deus quem acredita, conhece e vive as obras de Jesus. Ele é o pão da vida; quem o acolhe já não terá nem fome nem sede.

A vida eterna, que Jesus promete, está em cada um de nós e se revela quando amamos nossos irmãos e irmãs e partilhamos os dons que o Pai nos concedeu. Ele, o alimento que gera vida nova, pede que trabalhemos em favor dessa nova vida, tornando-nos também nós “alimento” de esperança e de compaixão para os outros.

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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