JESUS: O NOVO TEMPLO
Jesus chega a Jerusalém para os festejos da Páscoa judaica. Ao entrar no templo, indigna-se pelo que vê: o templo e a religião transformados em comércio. Ele se revolta de modo especial contra os “vendedores de pombas”, as quais eram a oferta dos pobres. O Mestre não tolera a exploração dos pobres e o uso da fé para enganar o povo.
Ao expulsar “bois e ovelhas”, Jesus mostra que Deus não necessita desses sacrifícios oferecidos no templo. Pretende “livrar o povo da exploração disfarçada de culto e denuncia o domínio do dinheiro”. Ele declara inválidos esses sacrifícios e esse culto – que se sustentam com base no comércio – e aponta para outro tipo de religião e de relacionamento com o Pai.
Agora é o próprio Jesus que se imola em favor do povo e já não há necessidade de oferecer animais sacrificados.
O relato condena uma religião baseada no comércio e propõe a nova religião, cuja marca é a compaixão pelos que sofrem e o empenho por um mundo melhor. Religião não é negócio com Deus, pagando missas ou fazendo promessas para receber dele algum benefício. Muitas vezes ela foi utilizada para justificar interesses escusos, vantagens pessoais. Deus é amor, e o amor não se compra. Religião envolve amor, gratuidade e solidariedade. Sacrifícios que agradam a Deus são as obras de caridade. A adoração em espírito e verdade é o culto agradável a Deus.
A frase “Jesus falava do templo do seu corpo” revela que o novo templo, de agora em diante, é o próprio Cristo: destruído pelas autoridades, mas ressuscitado pelo Pai. Já não há necessidade de entrar numa igreja ou templo para ter um encontro com Deus. O encontro com a comunidade celebrante, porém, pode fortalecer a fé no Deus de Jesus e o compromisso com os irmãos.
Jesus é a pedra fundamental do novo templo. Sobre ela estão colocadas outras pedras vivas: seus discípulos. Todos juntos formam o “corpo de Cristo”, templo vivo onde habita o Espírito de Deus. Portanto, a comunidade dos que creem em Jesus é a nova morada de Deus.
Pe. Nilo Luza, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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