18 de fevereiro: Quarta-Feira de Cinzas | Paulus Editora

O Domingo
18 de fevereiro: Quarta-Feira de Cinzas

A CAMINHO DA CONVERSÃO

Passou o tempo em que podia ser claramente percebida uma diferença radical entre os ricos cenários carnavalescos e o início do severo tempo quaresmal. Os açougueiros eram os que menos gostavam disso.

É claro que nem sempre nem em todo lugar a celebração da Quaresma trazia fartura de frutos espirituais. Contudo, algo do espírito cristão era assimilado por grande parte do povo. Ao passo que, hoje, poucos acompanham seriamente a caminhada quaresmal, rumo à celebração da Páscoa.

Aliás, não faltava (nem está faltando) o alegre pessoal que, da Europa e da América do Norte, chega com fartura para apreciar o superfamoso carnaval do Rio.

Pensamos se ainda vale a pena insistir com os fiéis para que se lembrem de que a Quaresma ainda não foi cancelada do calendário cristão. É bem verdade que ela não é de instituição divina, mas este tempo nos traz a lembrança significativa de Jesus a jejuar no deserto e a se preparar para enfrentar a paixão, a morte e a vitoriosa ressurreição.

É que todos precisamos de forte chamamento, a fim de concretizarmos nossa conversão. Pois ninguém, em sã consciência, pode afirmar que não precisa se converter a Deus e aos irmãos e irmãs.

De qualquer forma, a palavra de ordem de todo o tempo quaresmal é: “converter-se a Deus e aos irmãos”. No passado, o jejum era tido como meio para adquirir o domínio sobre si mesmo. Hoje, porém, somos convidados à renúncia de algo, a fim de beneficiar os mais pobres, que não conseguem livrar-se de sua situação de pobreza e até de miséria material.

Então será necessário pôr em movimento todas as nossas energias vitais, a fim de não corrermos o risco de ficar atolados no meio de um deserto, com as feras do pecado sempre de tocaia, prontas para devorar os desprevenidos da vida.

Pe. Virgílio, ssp

 


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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