10 de julho – 15º DO TEMPO COMUM | Paulus Editora

O Domingo
10 de julho – 15º DO TEMPO COMUM

COMO SE TORNAR PRÓXIMO?

Um mestre da Lei, com segundas intenções, quer saber de Jesus como conquistar a “vida eterna”. Jesus não lhe dá a resposta, mas põe em pauta outra pergunta, relacionada aos mandamentos. O especialista repete o que diz a Lei, por ele bem conhecida, com o que Jesus concorda. Todavia, não se dando por vencido, o homem prossegue: “E quem é meu próximo?” Novamente Jesus não responde, mas conta a “parábola do bom samaritano” – para que, ao final, o próprio mestre da Lei tire sua conclusão.

No final da parábola, Jesus inverte a questão, perguntando quem foi o próximo do homem assaltado. Como percebemos, passa-se do “quem é meu próximo” para “como tornar-me próximo”.

Nessa parábola, três personagens veem o homem ferido. Dois deles – um sacerdote e um levita –, cumpridores dos compromissos religiosos, passam ao largo do moribundo, como se não existisse para eles. O terceiro personagem é um samaritano – representante de um povo desprezado. É justamente este que tem compaixão e “se torna próximo” do homem assaltado.

A referência aos dois religiosos que não se preocupam com o moribundo caído à beira do caminho constitui forte crítica à religião que não se preocupa com a realidade em que se insere. Esses religiosos praticam o culto e amam a Deus com palavras, mas não com obras. Religião verdadeira é a que promove um coração compassivo em seus fiéis. Do contrário, a religião acaba promovendo a alienação e a opressão.

Nessa parábola estão retratados todos aqueles que são vítimas da violência e da marginalização. Ainda que não esteja ao nosso alcance resolver essa situação, não nos é permitido ficar indiferentes. Não nos é lícito fechar os olhos diante de tanto sofrimento e abandono dos pequeninos. A compaixão deve despertar nossa consciência. Ela nos faz sentir a dor do outro!

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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