PERTENCER À FAMÍLIA DE JESUS É FAZER A VONTADE DO PAI | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
PERTENCER À FAMÍLIA DE JESUS É FAZER A VONTADE DO PAI

Os textos propostos para a liturgia deste domingo nos convidam a refletir sobre os desafios que temos de enfrentar para fazer da terra o paraíso de Deus. Frequentemente somos tentados pelas serpentes do nosso tempo, as quais não nos permitem tornar realidade o mundo tão sonhado pelo Pai. O não cumprimento da vontade divina tem graves consequências, entre as quais a fragilidade dos valores e a incapacidade de discernir as mentalidades, práticas e discursos enganosos. Afastadas dos caminhos do Senhor, as pessoas iniciam uma busca desenfreada por interesses mesquinhos.

Adão e Eva foram seduzidos pela serpente e comeram do fruto proibido. Transgrediram a proposta divina e entraram no caminho da maldade, da tentação. Rompendo a relação do ser humano com Deus, o pecado subverte as relações humanas e também enfraquece a responsabilidade humana de cuidar da criação. O Senhor, porém, é capaz de reverter essa ordem injusta. Diante do pecado, Ele se posiciona, amaldiçoando tudo aquilo que escraviza o ser humano. Vai à procura da sua criatura, chama-a e fala-lhe ao coração.

O ser humano – nu, escondido, envergonhado e amedrontado – é procurado pelo Senhor: “Onde estás?” Deus é maior que o pecado e, por isso, conserva seu amor fiel pela humanidade, abrindo-lhe um futuro de esperança e de salvação. Tendo diante de nós esse quadro da história do pecado da humanidade, podemos olhar para nossa realidade e nos perguntarmos: nossas relações estão sendo pautadas pela vontade de Deus? As pandemias e catástrofes do tempo presente mostram que não. Infelizmente, o desequilíbrio da humanidade revela que o ser humano continua em desarmonia com o Criador.

Devido à desobediência humana, o mundo continua a ser devastado por muitas injustiças. As “serpentes” estão espalhadas por toda parte, e só podemos identificá-las e expulsá-las com o dedo de Deus, segundo nos orienta o Evangelho (cf. Lc 11,20). Para isso, é necessário acolher Jesus como o Filho de Deus, isto é, fazer parte da sua família. A relação mais íntima com Jesus se faz por meio da sintonia com suas ações. Quando, porém, fechamos o coração para a graça divina, somos incapazes de reconhecer em Jesus o agir do Pai.

Que a liturgia deste domingo, profundamente marcada por um Deus que é misericordioso e compassivo, fortaleça em nós o compromisso de reconstruir o paraíso, isto é, de edificar um mundo mais próximo do Criador.

Pe. Roni Hernandes, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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