MARIA, DISCÍPULA MISSIONÁRIA DO PAI | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
MARIA, DISCÍPULA MISSIONÁRIA DO PAI

Estamos nos aproximando da solenidade do Natal de Jesus. Cresce em nosso coração a esperança de um tempo novo, inaugurado por Cristo. Neste clima de preparação para a chegada do Senhor, a liturgia nos conduz a uma revisão profunda da nossa vida, para nos tornarmos moradas dignas de recebê-lo. Cabe-nos organizar nossa casa, porque Deus vem fazer nela morada. A casa que precisa ser arrumada é nosso coração. É nele que Ele quer hospedar-se.

Neste dia, a exemplo da serva do Senhor, somos convidados a nos alegrar, porque Deus cumpre suas promessas de enviar seu Filho para ser nosso Salvador. Jesus é o grande luzeiro da humanidade. Como discípula missionária do Pai, Maria nos ensina a ser moradas de Deus, a escutar seus apelos. Com seu sim, dado na simplicidade, na humildade e na disponibilidade, ela nos revela a grandiosidade do projeto divino para a humanidade.

Deus se encarna na história por meio de uma mulher da periferia da Galileia, habitante de um vilarejo chamado Nazaré. Maria representa o povo marginalizado e fiel que aguarda ansiosamente o despontar do tempo novo, a era do Messias, o qual vem para inaugurar uma sociedade nova. Assim sendo, em Maria está fixado o ponto de partida e o eixo de sustentação das esperanças no Messias, descendente de Davi, que está para chegar. Trata-se de um rei que virá estabelecer uma era de paz e de justiça jamais vista na história. Esse tempo novo, porém, só se concretizará quando as pessoas se dispuserem a acolher os ensinamentos e instruções que procedem do Messias.

Ao ser saudada pelo anjo, Maria foi convidada a não ter medo, mas alegrar-se. Destaca-se o apelo às alegrias messiânicas, pois é Deus falando ao seu povo. Maria põe-se inteiramente à disposição dos planos divinos: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” Em sua prontidão está presente o tipo de discípulo que Deus procura para construir a nova sociedade: ele atua na história por meio daqueles que têm fé e se põem a serviço.

Nesse sentido, a liturgia nos anima a seguir o exemplo da mãe de Jesus. Graças à sua obediência e fidelidade, Deus pôde realizar suas promessas, enviando-nos o Salvador. Às portas de celebrarmos o Natal, reflitamos sobre o sim de Maria, para que nós também possamos ser moradas do Cristo Senhor. Que ela nos ensine a sermos humildes, simples, despojados e servidores. Só assim vamos permitir que o Cristo venha e arme sua tenda em nosso coração.

Pe. Roni Hernandes, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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