Livros Sapienciais 4. Provérbios | Paulus Editora

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Bíblia

03/07/2018

Livros Sapienciais 4. Provérbios

Por Nilo Luza

Estamos conhecendo brevemente os livros que compõem a assim chamada Literatura Sapiencial. Depois de termos visto o Livro de Jó, vamos conhecer um pouco o Livro dos Provérbios. Provérbios são ditos, conselhos e instruções que brotaram da vida do povo e foram coletados pelos profissionais da corte de Jerusalém. Esses provérbios são a sabedoria que brota da vida do povo e foram registrados por escrito. Eles revelam a alma de um povo e a presença de Deus na vida desse povo.

O Livro dos Provérbios levou séculos antes de ficar pronto como nós o conhecemos. Iniciou no tempo do rei Salomão (970-931 AC) e foi concluído por volta de 400 AC. Por ordem cronológica, podemos compor o livro da seguinte forma: época de Salomão (970-931 AC): capítulos 22,17-24,22; final do reinado de Ezequias (727-698 AC): capítulos 25-29; reinado de Josias (640-609 AC): capítulos 10,1-22,16; trabalho final dos compiladores (por volta de 400 AC): capítulos 1-9 e 30-31).

O livro como se apresenta hoje pode ser divido nas seguintes partes: primeira (1,1-9,18); segunda (10,1-22,16); terceira (22,17-24,34); quarta (25-29); quinta (30-31).

Primeira parte (1-9): Esses capítulos foram os últimos a serem escritos. Após breve introdução, o autor apresenta uns ensinamentos de um mestre em sabedoria principalmente para os jovens. Propõem a formação do espírito crítico para fazer escolhas certas na vida.

Segunda parte (10,1-22,16): Primeira coleção de provérbios de Salomão. Reúne diversos provérbios de diversas épocas e ambientes. São atribuídos a Salomão, o patrono dos sábios em Israel. São provérbios sobre diversos assuntos, principalmente a respeito da sabedoria e do modo justo de proceder.

Terceira parte (22,17-24,34): São provérbios ou instruções que algum ancião ou algum sábio oferece aos mais jovens, para que, aprendendo com os mais velhos, se eduquem na sabedoria e no bem viver.

Quarta parte (25,1-29,27): Segunda coleção de provérbios atribuídos a Salomão. Alguns provérbios são repetidos da coleção 10-22 e pouco falam de Deus. Reúne nesses capítulos a sabedoria popular e a sabedoria da corte.

Quinta parte (30-31): Engloba provérbios do estrangeiro Agur, que critica as escolas tradicionais de sabedoria; provérbios de Lamuel, que apresenta instruções para os funcionários reais. No meio dos dois temos alguns provérbios numéricos. A conclusão do bloco e do livro é uma bonita descrição da mulher de valor.

Como conclusão, podemos dizer que o povo bíblico (e nós também) encontra nos provérbios “coisas concretas e fatos que trazem lições de vida”. São ditos que procuram ensinar o povo  a bem viver consigo mesmo, com os outros e com Deus.

1 comentário

17/7/2018

ailton

O Livro dos Provérbios levou séculos antes de ficar pronto como nós o conhecemos.