Família e projetos para o futuro | Paulus Editora

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Família

27/01/2014

Família e projetos para o futuro

Por Suzana Coutinho

No início de ano é comum ouvir pessoas falarem de seus projetos para o novo ano. Ter projetos é bom. Isso motiva, pois traz perspectivas de futuro e é muito ruim quando não se tem propostas para a vida, quando se cai no “deixa a vida me levar” sem sentido e sem esforço criativo. Ter projetos é manifestar também a crença no futuro e na capacidade humana de interferir na própria realidade. Mas, será que também as famílias costumam, juntas, tecer seus projetos de vida?

Se alguém decide prosseguir ou retomar os estudos, por exemplo, pode fazê-lo sozinho, ou como um projeto familiar, reunindo todos os membros da família diante de seu objetivo e vendo como cada um pode colaborar. Pois, as conquistas daquele membro são importantes para todos. Agora, é bom que se separe o que é projeto de vida das famosas “listas dos desejos”. Uma sociedade consumista como a atual pode facilmente levar a esse engano. Projeto de vida aposta no futuro, nas transformações necessárias para o bem viver, pessoal e coletivo. Lista de desejos conjuga o verbo “ter” somente, sem que isso ofereça uma oportunidade de amadurecimento.

Fazer projetos é coisa de Deus! Quando o ser humano caiu no pecado, Deus elaborou um projeto de salvação. Para isso, sem precisar, quis contar com a colaboração humana, chamando homens e mulheres para sonharem com Ele seu sonho e a buscarem os recursos necessários para torná-lo realidade. Patriarcas e matriarcas, profetas, líderes de comunidades e povos, gente simples e gente poderosa: Deus quis a participação de todos, pois os frutos desse projeto também é para todos e todas!

A sociedade atual manifesta uma característica que apresenta seu lado bom e seus limites: a subjetividade, o grande valor dado ao indivíduo. O problema está em que, muitas vezes, esse valor é apresentado e vivido de forma egoísta, sem a percepção ou a preocupação com os demais que ocupam a mesma comunidade ou sociedade.  Quando uma família se propõe a construir projetos, deveria fazer o grande exercício de ouvir a todos, seus sonhos e seus interesses e a buscar, no meio de tantos projetos pessoais, pontos comuns que possam ser trabalhados em conjunto. É claro que isso não invalida os projetos pessoais, pois, afinal, há preocupações e interesses que podem ser importantes para um e não para todos. Mas, há outros projetos que pedem a participação de todos e todas: se tornam projetos da família!

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