Etapas da História de Israel | Paulus Editora

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Bíblia

05/05/2014

Etapas da História de Israel

Por Nilo Luza

5. O reinado de Salomão

Com o envelhecimento de Davi, houve a necessidade de escolher um substituo. Nessa época, Adonias era o filho vivo de Davi mais velho e que teria direito à sucessão do pai. Mas na disputa entre ele e Salomão, outro filho de Davi, Salomão saiu vitorioso. Adonias representava mais os camponeses, o povo do campo.

O projeto defendido por Salomão era apoiado pelo povo da cidade e era o “projeto do continuísmo”.

Salomão, ungido rei pelo profeta Natã e pelo sacerdote Sadoc, assumiu o poder em 970 AC e se estendeu até 931 AC. Logo que tomou posse, Salomão procurou eliminar os principais adversários. Como Caim, Salomão derramou o sangue de muitas pessoas, entre as quais o próprio irmão, Adonias. Antes de tomar posse, Davi mostrou a Salomão a vontade de Deus: defender a vida e a liberdade do povo. Nem sempre isso acontece uma vez que a pessoa é eleita.

Salomão ficou famoso por várias de suas ações. Podemos perceber Salomão como rei sábio, construtor, comerciante, administrador. A Bíblia fala da sabedoria de Salomão; para o povo de Judá, ele é o “patrono da sabedoria”. Por causa disso, séculos mais tarde, muitos escritos da Bíblia foram atribuídos a ele. Costume comum na época para dar credibilidade aos escritos.

A grande obra de Salomão, que o imortalizou, foi a construção do templo em Jerusalém. Para a construção, Salomão fez parceria com o rei de Tiro que lhe forneceu madeira nobre, em troca de produtos de primeira necessidade, como trigo e azeite. Segundo relatos bíblicos, a construção do templo durou sete anos. O templo de Jerusalém não foi a única obra de Salomão, ele ainda construiu seu palácio, um palácio para a filha do faraó, fortalezas militares, os muros de Jerusalém.

Salomão notabilizou-se também pelo seu tino comercial. Para manter boa vizinhança com os países próximos, casou-se com mulheres estrangeiras, filhas de personalidades importantes; com isso, favorecendo o comércio internacional, que se tornou fonte de riqueza. Negociou territórios em troca de mão de obra e de material de construção, principalmente madeira.

Para sustentar e gerenciar sua organização e ignorando as doze tribos, Salomão criou doze distritos administrativos, que tinham a responsabilidade de abastecer e cuidar, um a cada mês, da corte de Jerusalém com toda máquina administrativa.

Nem tudo no reinado de Salomão foi maravilho, as grandes obras e a ostentação do luxo tiveram seu preço e encareceram a administração. Para a solução, o rei aumentou os impostos. Isso, como sempre, acaba onerando o povo trabalhador. Aos poucos, Salomão vai perdendo a confiança externa e interna e vai enfraquecendo seu prestígio e provocando descontentamentos e revoltas.

2 comentários

21/5/2014

Júlia

Pe. Nilo, o seu texto está muito bom: claro e objetivo. Obrigada e já partilhei com meus amigos e amigas do face, principalmente com meus amigos/as do CEBI.

7/9/2018

José Walter M. Lopes

Ungido Rei de Israel, logo em seguida a este ato, Salomão, diante do pedido em casamento de Abisag por Adonias, mulher bonita que havia sido contratada para sentar ao colo e aquecer o Rei Davi (já velhinho), Salomão mandou matar o irmão Adonias. Donde deixo a pergunta, como poderiam esses Reis, que se diziam tão próximos de Deus a ponto de atenderem suas determinações tomarem atitudes tão extremas como essa? Um abraço.