Ecos do Sínodo: a ação pastoral | Paulus Editora

Colunistas

Família

13/02/2015

Ecos do Sínodo: a ação pastoral

Por Suzana Coutinho

O texto divulgado pós-Sínodo dos Bispos sobre a Família segue a metodologia do ver, iluminar e agir. Na terceira parte apresenta perspectivas pastorais para o trabalho junto às famílias, salientando a necessidade de instâncias pastorais mais urgentes nas dioceses, em comunhão com o Papa.

Ressalta que “o anúncio do Evangelho da família constitui uma urgência para a nova evangelização em vista da salvação de todos”.

As famílias católicas são chamadas a dar seu testemunho, pondo em evidência o primado da graça e a alegria da vida familiar.

No espírito da conversão missionária, os pais são convocados a transmitirem a seus filhos a sua fé. Pede-se também à Igreja uma linguagem que seja significativa, procurando dar respostas às expectativas mais profundas da pessoa humana e que apresente valores que iluminem a vida.

A Palavra de Deus é fonte de vida e espiritualidade para a família, ouvida e celebrada na leitura orante e eclesial.

Quanto à preparação para o matrimônio, o Sínodo aponta as seguintes orientações: que leve ao discernimento maduro desta vocação; que a formação dos agentes (sacerdotes e leigos) seja renovada e com a maior participação das famílias; que denuncie os condicionamentos culturais, sociais, políticos e econômicos que impedem uma autêntica vida familiar, como a lógica do mercado que tudo rege; que seja pautada nas virtudes; que esteja presente em toda a iniciação cristã e na preparação próxima e que acompanhe os recém-casados.

Em relação aos vivem sem o sacramento, os separados, os divorciados e as famílias monoparentais, que se tenha uma escuta atenciosa e respeitosa, discernindo pastoralmente as situações. Que se acompanhe essas famílias, buscando a reconciliação, quando possível, e o perdão como graça. As pessoas homossexuais devem ser acolhidas, evitando-se “para com eles, qualquer atitude de injusta discriminação”.

O Sínodo também salientou a necessidade de um ensinamento adequado a respeito dos métodos naturais para a procriação responsável. Sobre a adoção de crianças, órfãs e abandonadas, caracterizou-a como “uma forma específica de apostolado familiar”.

Destaca, entre os desafios fundamentais da família, o da educação ao qual a Igreja é solicitada a oferecer seu apoio.

Por fim, ressalta que “na sua ternura, misericórdia e sensibilidade maternal, Maria pode saciar a fome de humanidade e de vida, e por este motivo é invocada pelas famílias e pelo povo cristão”.

nenhum comentário