A família, formadora de opinião | Paulus Editora

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Família

22/12/2013

A família, formadora de opinião

Por Suzana Coutinho

Hoje, de muitas maneiras e por vários meios, as pessoas recebem inúmeras informações: dados, notícias, cálculos, comparações. Junto delas, de forma mais ou menos explícita, chegam as “opiniões” de quem produz essas informações. Na comunicação social não há neutralidade. Quando alguém transforma um fato numa notícia, o faz sob algum ângulo, foco ou direção e isso, muitas vezes, é visto como “verdade”. É bom que se ressalte que opinião não necessariamente exprime uma verdade, mas a visão de quem a emite. A pergunta é: como a família se comporta diante dos fatos apresentados pela grande mídia (TV, rádio, jornal, revistas, sites)?

De fato, diante de tantas informações e opiniões, falta, na maioria das vezes, tempo de discernimento, de reflexão e amadurecimento das ideias para, assim, formar uma opinião. Na pressa e na rapidez que o mundo da comunicação hoje vive, fica difícil agir com sabedoria. As pessoas mais “engolem” as opiniões dos outros (neste caso, dos donos das mídias) do que conseguem elaborar sua própria reflexão. A família, diante da TV, ou isolada nas “mídias interativas”, também passa a ser uma “consumidora” de opiniões alheias que nem sempre refletem os valores da vida e da justiça: os valores cristãos.

Quantas famílias cristãs passam a apoiar campanhas, divulgar ideias, defender propostas que são contra os valores do Evangelho? Pesa sobre os ombros da família o cuidado com a formação de opinião dentro de casa e que possa ser multiplicada fora dela. Ter “discernimento”, na Bíblia, é ser capaz de “ver” a mão de Deus nos acontecimentos, é um dom para separar o bem do mal (o joio do trigo).  Olhar os sinais dos tempos, ser capaz de reconhecer os bons frutos, assim como de cortar o que não leva a Deus pela raiz são algumas imagens bíblicas do discernimento. Diante da TV, da internet ou de outro meio de comunicação, a família deve buscar em Deus a luz necessária para, sabiamente, discernir o que é bom e o que não é.

À família ainda cabe o papel de formar opinião de seus jovens, e também de seus adultos, para aprenderem a olhar para os fatos, os acontecimentos e as opiniões, de outros e suas próprias, com os olhos de Jesus. Juntos, conversar sobre o que viram e ouviram, se perguntar sobre os “porquês”, os “como” e a “quem” interessa tal situação pode ajudar a entender melhor os fatos e a emitir opinião sobre eles.

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