A alegria do amor é iluminada pela Palavra de Deus e da Igreja | Paulus Editora

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Família

17/08/2016

A alegria do amor é iluminada pela Palavra de Deus e da Igreja

Por Suzana Coutinho

No terceiro capítulo da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris lætitia, “O olhar fixo em Jesus: a vocação da família”, o papa Francisco fala do mistério da família cristã que “só se pode compreender plenamente à luz do amor infinito do Pai, que se manifestou em Cristo”.  O matrimônio, incluindo a sexualidade, é compreendido como dom do Senhor, que exige cuidado.

Jesus reafirma a união indissolúvel entre o homem e a mulher que não deve ser entendida como “jugo”, mas como um “dom”. As dificuldades vividas pelas famílias são colocadas sob a ótica do amor e da misericórdia de Deus, pois a família e o matrimônio, redimidos por Cristo, mistério de onde brota todo o amor verdadeiro. Por meio da Igreja, recebem “a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão”.

O mistério do Natal é fonte na qual bebem “as famílias cristãs para renovar a sua esperança e alegria”. Outras fontes são os documentos da Igreja: a Constituição pastoral Gaudium et spes; a Encíclica Humanae vitae e a Exortação apostólica Evangelii nuntiandi, (Paulo VI); a Carta às famílias Gratissimam sane e a Exortação apostólica Familiaris consortio, (João Paulo II); e as Encíclicas Deus caritas est e Caritas in veritate, (Bento XVI).

O papa ensina que o sacramento não se traduz em uma convenção social ou num rito vazio, mas existe para a santificação e a salvação dos esposos. É uma vocação, uma “resposta à chamada específica para viver o amor conjugal como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja”. Por isso, esta decisão deve ser fruto de um discernimento vocacional.

Os fiéis que vivem juntos ou são divorciados e voltaram a se casar devem receber da Igreja o cuidado pastoral, na perspectiva da pedagogia divina: invocar a graça da conversão; encorajá-los a fazerem o bem, a cuidarem com amor um do outro e colocarem-se ao serviço da comunidade onde vivem e trabalham.

Os filhos são frutos do amor conjugal e da coparticipação na obra da criação de Deus e “se a família é o santuário da vida, o lugar onde a vida é gerada e cuidada, constitui uma contradição lancinante fazer dela o lugar onde a vida é negada e destruída”. E os esposos cristãos são “verdadeiros ministros educativos, pois, quando formam os seus filhos, edificam a Igreja e, fazendo-o, aceitam uma vocação que Deus lhes propõe”. Assim, o amor vivido nas famílias é uma força permanente para a vida da Igreja e para toda a sociedade.

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