UMA COMUNIDADE ABERTA | Paulus Editora

O Domingo
UMA COMUNIDADE ABERTA

Em todo tempo e lugar, os seguidores de Jesus correm o risco de se fecharem em si mesmos, de adotarem posturas autorreferenciais e até de se desviarem totalmente do exemplo dado pelo Mestre. Triste seria se os discípulos se considerassem um clube de privilegiados, com poderes especiais e exclusivos.

O Evangelho deste domingo mostra que Jesus é um mestre paciente. Ele já havia ensinado muitas vezes, com palavras e gestos, a respeito do discipulado. Seu grupo, porém, parece estar aquém de uma aprendizagem à altura da realidade da cruz e do serviço desinteressado: ainda permanece na lógica do mundo, no apego aos pequenos poderes, aos projetos pessoais somente. E, no afã dos poderes do mundo, esse grupo se esquece do poder que vale a pena: o poder do amor.

Jesus, porém, não desiste de instruí-los. O verdadeiro líder sabe do tempo que cada membro do seu grupo precisa. Ele, de novo, tenta desconcertar o que os discípulos têm impregnado na mente: a ideia de grupo exclusivo e com poderes especiais. Então ensina que, se alguém faz o bem, não há por que impedi-lo. O bem cabe em todo lugar, desde que seja feito sem interesses escusos. Quando praticado, em nome de Jesus, com esse espírito, não pode ser falso. Até um copo d’água dado com os mesmos sentimentos de Cristo é valioso aos olhos de Deus. O julgamento não cabe aos discípulos.

No entanto, o que Jesus não tolera é o escândalo. Por isso, seus seguidores precisam de vigilância e humildade. Vigilância para não se acharem os melhores e depois tropeçarem em alguma pedra; humildade para perceberem que estão sempre em processo de aprendizagem.

As dificuldades dos discípulos naquele tempo podem ser também as nossas hoje. Importa que fiquemos atentos à Palavra do Mestre. O Evangelho deve ser nossa fonte de meditação diária. Peçamos que as luzes do Espírito Santo nos iluminem e sejamos fiéis à missão recebida do Senhor.

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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