2025: O ano da esperança | Paulus Editora

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Igreja e Sociedade

23/12/2024

2025: O ano da esperança

Por Jenniffer Silva

Estamos às vésperas do início de 2025, um ano especial para toda a Igreja, já que celebraremos o Ano Santo Ordinário. Para este jubileu, fomos presenteados pelo papa Francisco com o tema: “Peregrinos da Esperança”.

Neste tempo de “dom e graça”, como definido pelo santo padre, iremos acompanhar e vivenciar verdadeiros testemunhos da fé por meio das peregrinações e indulgências que ocorrerão nos próximos meses.

De fato, refletir sobre a esperança à luz do Evangelho, em meio a um cenário pós-pandêmico e, sobretudo, de guerras, especialmente na Ucrânia e em Israel, significa um ato de coragem por parte do pontífice.

Coragem, pois, em nossa pequenez humana, somos constantemente desafiados a não nos deixarmos consumir pelo desânimo e pela desesperança. Recordo-me aqui das palavras de São Paulo dirigidas aos Romanos: “Não se conformem a este mundo, mas transformem-se renovando o próprio modo de pensar, para que vocês possam distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, agradável e perfeito” (Rm 12,2). Penso que esta talvez seja uma chave para seguir em diante.

Não à toa, Francisco escolheu iniciar a Bula de proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025, disponível no catálogo da PAULUS Editora, com outra orientação do Apóstolo Paulo à comunidade de Roma: “A esperança não engana” (Rm 5, 5).

Para o papa: “São Paulo é muito realista. Sabe que a vida é feita de alegrias e sofrimentos, que o amor é posto à prova quando aumentam as dificuldades e a esperança parece desmoronar-se diante do sofrimento. E, no entanto, escreve: ‘Gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência, a firmeza, e a firmeza, a esperança.’ Para o Apóstolo, a tribulação e o sofrimento são as condições típicas de todos aqueles que anunciam o Evangelho em contextos de incompreensão e perseguição”, salientou.

Ter a clareza de que as dificuldades sempre farão parte da vida humana é essencial para que possamos lidar com elas sem nos esquecermos de que cremos em um Deus que nos ama e nos ampara acima de tudo, e de que nunca estaremos sozinhos.

Por isso, o Ano Santo que somos convidados a viver é tão importante para olharmos para dentro de nós, refletirmos sobre o que é bom para Deus e não nos acomodarmos na desesperança. Que, com os olhos da fé, possamos nos transformar em cristãos comprometidos com o verdadeiro projeto de vida de Jesus: a vida plena para todos, mesmo que, para isso, precisemos passar por tribulações.

“Deixemo-nos, desde já, atrair pela esperança, consentindo-lhe que, por nosso intermédio, se torne contagiosa para quantos a desejam. Possa a nossa vida dizer-lhes: ‘Confia no Senhor! Sê forte e corajoso, e confia no Senhor (Sal 27, 14). Que a força da esperança encha o nosso presente, aguardando com confiança o regresso do Senhor Jesus Cristo, a Quem é devido o louvor e a glória agora e nos séculos futuros”, papa Francisco.

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