Igreja e Sociedade
12/12/2025
Por Jenniffer Silva
As luzes que iluminam a cidade revelam a beleza de uma das épocas mais encantadoras do ano: o Natal. A certeza de que o Messias esperado está prestes a nascer abre diante de nós um horizonte de esperança e renovação. Cada ponto de luz nos conduz, simbolicamente, ao cumprimento da promessa de nossa salvação.
Nas famílias, cada uma à sua maneira, os preparativos vão acontecendo. O pinheiro ganha destaque na casa, os presentes são escolhidos e a ceia é planejada.
É curioso como o Natal nos devolve a nós mesmos. Não lembramos exatamente dos presentes que ganhamos, mas recordamos quem estava lá, o que se dizia e a sensação de abrigo que emanava de uma casa cheia. Lembramos do riso de alguém que já se foi, do abraço que parecia durar um pouco mais, da expectativa que iluminava a noite. Para muitos, esta noite representa o único encontro do ano, o único abraço entre pais e filhos. Por isso, tudo parece mais intenso.
A psicologia analítica de Jung defende que os sentimentos despertados nesta data dialogam com o inconsciente coletivo e seus arquétipos, ligados ao renascimento e à dimensão espiritual. O Natal, sob essa perspectiva, simboliza a busca pela integração das partes da psique e o retorno a um estado de inocência e plenitude. De fato, acredito que essa visão ajuda a compreender a força simbólica que envolve a noite de Natal.
Nós, cristãos que nos colocamos à espera do Cristo que virá, somos chamados a ir ainda mais longe. Para além das luzes e dos enfeites, é preciso voltar nossos olhos para o presépio e, diante dele, fazer a experiência da acolhida: o Menino Jesus nasce em meio a tantos desafios e, mesmo assim, nos oferece paz.
É preciso abrir as portas do coração para receber o Salvador e nos colocar como verdadeiros agentes de seu projeto de vida plena e abundante para todos.
Encerro esta reflexão com um trecho da obra À Espera do Cristo Que Vem, que resume com beleza o significado de viver o Tempo do Natal:
“Aguardemos a vinda do Salvador, esperemos o encontro de sua divindade com nossa humanidade e tenhamos a corajosa iniciativa para rever nossos passos e dar rumo à nossa vida. Com o auxílio e a intercessão de Maria, Mãe da Esperança, mantenhamo-nos firmes na fé, alegres na esperança e perseverantes na oração, até o dia em que estivermos face a face com aquele que nos criou e nos quis para si”.
nenhum comentário
Jenniffer Silva
Jenniffer Silva é graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades Integradas Rio Branco, possui especialização em Jornalismo Digital pela Universidade Anhembi Morumbi e é pós-graduanda em Comunicação Corporativa pelo Senac São Paulo, além de formação em Análise de Marketing Digital, Assessoria de Imprensa e Jornalismo Cultural, também pelo Senac São Paulo.
