Nova obra fala sobre a Teologia do Prazer | Paulus Editora

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23/04/2014

Nova obra fala sobre a Teologia do Prazer

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título: Teologia do Prazer
Autores: Ana Márcia Guilhermina de Jesus / José Lisboa Moreira de Oliveira
Coleção: Teologia Hoje
Acabamento: Brochura
Páginas: 224
Formato: 13 cm x 20 cm
Área de interesse: Teologia

O tema do prazer ainda é considerado um grande tabu pela maioria dos cristãos. Para os autores, Ana Márcia Guilhermina de Jesus e José Lisboa Moreira de Oliveira, a ideia de escrever uma obra sobre o assunto, nasceu depois da leitura de um livro de Dom Valfredo Tepe, já falecido, que foi franciscano, psicólogo e depois bispo de Ilhéus (BA). Dom Tepe, falando do sofrimento, lembrou que não existia uma “teologia do prazer” e dirigiu o convite aos teólogos para que escrevessem algo. Com isso, a PAULUS lança Teologia do Prazer.

Embora a Bíblia judaico-cristã veja essa questão com otimismo, a influência maniqueísta, infiltrada nas comunidades cristãs primitivas, terminou por se impor, levando o cristianismo a ver o prazer com bastante pessimismo. De acordo com José Lisboa Moreira de Oliveira, a partir de Santo Agostinho, e com a influência do maniqueísmo, o prazer passou a ser visto como algo negativo e geralmente associado ao sexo e ao pecado. “O livro procura romper com essa ideia, afirmando a positividade do prazer, a partir da perspectiva bíblica”, explica.

A Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, fala do prazer, usando diversas linguagens e apresentando-o de diversos modos. A visão do prazer na Bíblia é positiva, pois é visto na perspectiva da criação divina, a qual é sempre muito boa e bonita. Porém, a Bíblia também aponta formas de prazeres que são consideradas nocivas e pecaminosas.

“São aqueles prazeres que levam à degradação e à exploração da pessoa humana. Geralmente a Bíblia associa o prazer nocivo, degradante, à riqueza. Os ricos, para manterem seus prazeres, exploram e humilham os mais pobres. Mas essa visão não inclui todas as formas de prazer. O prazer, em si, é muito bom e sadio, diz a Bíblia”, complementa o autor.

“Prazer divino” e prazeres humanos. Quais as diferenças? Nós fomos acostumados, a partir de ensinamentos e pregações da baixa Idade Média, à figura de um Deus sem prazer, carrancudo, irado, sempre castigando o ser humano por causa dos seus pecados. O livro tenta mostrar o contrário: que o Deus de Jesus é um Deus prazeroso, que, como o Pai da parábola narrada por Lucas, sente prazer enorme em acolher e perdoar o filho pródigo que volta. Assim, biblicamente falando, Deus também tem os seus prazeres.

O Deus dos cristãos, a Trindade Santa, é em si mesmo prazer eterno. As três divinas pessoas vivem desde toda eternidade o prazer de se amarem mutuamente e de eternamente se constituírem. Além disso, todas as ações de Deus (criação, redenção, santificação) são ações prazerosas. São prazeres divinos. A partir disso, o livro apresenta as diferentes formas de prazeres humanos que, de certa forma, têm a ver com os prazeres divinos.

Nesta obra, os autores insistem para que não se reduza o prazer ao prazer sexual. Além disso, todo o livro procura trabalhar a superação da ideia de associar o prazer ao pecado. O prazer, em si, é bom, é positivo, não é pecado. Associar prazer a pecado é absurdo e não condiz com a visão cristã.

Teologia do Prazer é destinado antes de tudo a todos os cristãos e a todas as cristãs de todas as Igrejas, sem exceção, uma vez que o tema abordado tem a ver com esse grande público. Mas pode ser lido também por outras pessoas que queiram ter uma visão positiva do prazer na perspectiva cristã.

Ana Márcia Guilhermina de Jesus é bacharela em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília. Militante cristã com experiência de missão e de atuação nos movimentos sociais e populares nos estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe e no Distrito Federal. Nesses estados, deu vida a uma experiência chamada Missionários Peregrinos da Trindade (MPT), cujo objetivo é contribuir para que as pessoas tenham uma mística inconformista capaz de animá-las sempre na missão. Com José Lisboa Moreira de Oliveira, escreveu Saindo do recinto sagrado. Mística para cristãs e cristãos inconformados, Brasília, Ser, 2011.

José Lisboa Moreira de Oliveira é licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília, doutor em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma. Autor de vários livros e dezenas de artigos sobre o tema da vocação e da animação vocacional. Foi assessor do Setor Vocações e Ministérios da CNBB (1999-2003), Presidente do Instituto de Pastoral Vocacional (2002-2006) e membro da Equipe de Reflexão Teológica da CRB Nacional (2003-2006). Atualmente é professor na Universidade Católica de Brasília. Publicou pela PAULUS: Qual o sentido da vocação e da missão (2006), Acompanhamento de vocações homossexuais (2007) e Viver em comunidade para missão (2013).

 Angélica Feliciano
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