Metamorfoses da dialética nos diálogos de Platão | Paulus Editora

Releases

22/12/2021

Metamorfoses da dialética nos diálogos de Platão

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título: Metamorfoses da dialética nos diálogos de Platão
Autor (a): Monique Dixsaut
Coleção: Cátedra
Acabamento: Brochura
Formato: 15,8 (larg) x 23 (alt)
Páginas: 360
Área de interesse: Liturgia

Obra da PAULUS estuda a dialética platônica

A PAULUS Editora apresenta o livro “Metamorfoses da dialética nos diálogos de Platão”, novidade editorial da coleção Cátedra e escrita por Monique Dixsaut. O volume estuda a dialética platônica, cujo autor não cessou de refletir sobre o lógos, termo grego que alia linguagem, pensamento, racionalidade e número. Para a autora, esse aspecto essencial da filosofia de Platão é inseparável de sua concepção do pensamento como diálogo interior da alma e de sua posição de formas inteligíveis. Nessa concepção, o presente livro ressalta que a dialética não pode reduzir-se a uma simples arte de conversar, nem a um pensamento lógico, pelo contrário, ela é a própria forma do saber.

Analisando os pensamentos de Platão acerca da dialética, esta publicação examina em seis capítulos todos os textos que refletem a discussão socrática e onde os caminhos percorridos pela potência dialética são traçados e repensados. Dessa forma, segundo a autora Monique Dixsaut, a capacidade de dar e receber lógos, de questionar e responder — ainda pode ser lida nas formas refinadas que a ciência dialética assume: da maiêutica à divisão não há ruptura nem evolução contínua.

Na obra, o leitor terá acesso aos temas: “De uma prática diferente do discurso a uma ciência do uso”; “Potência e superioridade da dialética”; “O método exposto no Fedro”; “ A dialética sem as formas”; A ciência dialética e a tarefa do dialético”; “Nota complementar I: Predição “Pauliniana” e Autopredicação; “Nota complementar II: Sofista”; “ Tornaram-se melhores dialéticos”; “Filebo, ou a dialética contaminada”; “Conclusão: A ciênciados homens livres”, entre outras conclusões.

Para a professora Monique Dixsaut, Platão não deixou de refletir sobre o lógos, termo grego ao qual se aliam linguagem, pensamento, racionalidade e número. A autora define a dialética como o único uso bom do pensamento e até mesmo o único meio de salvá-lo, ao mesmo tempo porque ela preserva sua natureza e explora todos os seus recursos.  Segundo a obra, a alma pensa quando dialoga consigo mesma, quando se assegura a si mesma um logos. Não importa qual: aquele em que algo é posto em questão e exige que se reflita para poder responder. Em suma, a dialética é a forma que toma o pensamento quando cessa de exprimir afetos, opiniões, quando não busca demonstrar, nem argumentar, enfim , quando pensa, ou seja, quer compreender aquilo que é.

E se as descrições fornecidas diferem a cada vez, isso não se deve a uma evolução do pensamento de Platão; o poder dialético se metamorfoseia de acordo com o problema proposto. Trata-se, portanto, de destacar as mutações contínuas, as retomadas de um pensamento que busca sempre na mesma direção, mas sempre em outra direção.

Monique Dixsaut é professora emérita na Universidade de Paris I. Pela PAULUS Editora, publicou a obra “Platão e a questão da alma”, da coleção Philosophica.