Ficha Técnica
Título: João Paulo II – A biografia
Autor: Andrea Riccardi
Coleção: Biografias
Acabamento: Costurado
Formato: 13,5 cm x 21 cm
Páginas: 608
Áreas de interesse: Pastoral, Catequese e Liturgia

João Paulo II ganha uma de suas biografias mais completas pela PAULUS

Depois da publicação de Diário de uma amizade – A família Półtawski e Karol Wojtyła, obra escrita pela médica polonesa Wanda Półtawska – na qual ela apresenta suas lembranças e as cartas trocadas com Karol Wojtyła ao longo de mais de 50 anos – e da novena Bem-aventurado João Paulo II, a PAULUS apresenta mais um título sobre esse homem, exemplo de fé e dedicação a Deus.

João Paulo II – A biografia, de Andrea Riccardi, professor catedrático reconhecido internacionalmente pela sua dedicação à causa da paz – sobretudo pelo papel de mediador nas conversações para a resolução do conflito de Moçambique –, é uma das mais completas obras sobre o pontífice, pois foi escrita com embasamento científico e conta com o testemunho do autor, que conheceu de perto o Santo Padre.

Riccardi inicia o texto falando sobre um fato que causou estranheza e certa desconfiança no mundo inteiro quando o então cardeal de Cracóvia foi eleito sumo pontífice: a nacionalidade polonesa. O primeiro chefe supremo da Igreja católica não italiano desde 1523. “Karol Wojtyła é uma personagem a descobrir. Hoje, depois de ter sido papa durante vinte e sete anos, e de a sua imagem ter sido tão familiar a mais de uma geração, esta afirmação parece inverossímil. Então, Wojtyła era um homem quase desconhecido. No entanto, quem já o tivesse encontrado ficaria impressionado com a sua humanidade original”, afirma o autor.

Dividido em 13 capítulos, o livro trata de diversos aspectos relacionados a João Paulo II, como sua personalidade e história, a importância de cada uma das inúmeras pessoas com quem se relacionou, a situação da política e da economia mundial ao longo do seu papado, as especulações – seria ele conservador ou progressista? –, entre outros.

No capítulo “O atentado e o martírio” o autor relembra o dia 13 de maio de 1981, quando, na praça de São Pedro, durante uma audiência geral, o turco Mehmet Ali Ağca disparou contra Karol Wojtyła. Riccardi narra, com riqueza de detalhes, os impactos desse ato ofensivo para a saúde do pontífice, bem como as investigações do caso, a visita do Santo Padre ao agressor na cadeia e o seu perdão.

“Em 2000, o presidente italiano Carlo Azeglio Ciampi comutou a pena do criminoso turco, depois de o papa ter pedido a sua libertação. O próprio tinha recebido por diversas vezes a mãe e os familiares do agressor. Segundo o juiz instrutor Priore, que dirigiu o inquérito sobre o atentado, da parte do Vaticano e do papa, ‘a questão era considerada encerrada com o perdão de Ağca’, [e estavam] também convencidos de que ‘nada de claro, preciso e historicamente útil haveria de emergir…”

Já o capítulo “A batalha pela vida” retrata a emocionante dedicação de João Paulo II por continuar seu ministério mesmo quando a saúde já não lhe permitia. O Santo Padre faleceu em 2 de abril de 2005, aos 84 anos, deixando na história a marca de um homem de espiritualidade profunda que, a serviço da Igreja, acreditou na mudança do mundo.

Entre os diversos testemunhos colhidos por Riccardi e disponibilizados ao leitor nesta obra, está o do papa Bento XVI, sucessor de Karol Wojtyła. “(…) Vi-o sofrer, mas nunca triste. Desde o início de seu pontificado, ele falava de um novo Advento. Esperava que, na História, se afirmaria um tempo de alegria do cristianismo”, relembra.

Da coleção Biografias, João Paulo II – A biografia vem confirmar a importância da série, cuja proposta é retratar a vida daqueles que viveram o Evangelho de forma intensa e foram fiéis seguidores de Cristo. Fazem parte da coletânea as obras Oscar Romero e a comunhão dos santos, escrito por Scott Wright, Padre Ibiapina e Padre Cícero de Juazeiro, ambos de José Comblin.

Andrea Riccardi (Roma, 1950) é professor catedrático de História Contemporânea na Terza Università de Roma e fundador da Comunidade de Santo Egídio, que se dedica à oração, à solidariedade para com os mais pobres e à busca do diálogo e da paz. Sua dedicação à causa da paz levou-o ao papel de mediador nas conversações para a resolução do conflito de Moçambique. Sua ação mereceu-lhe diversas distinções internacionais, das quais se destacam o Prêmio Mundial Metodista para a Paz (1997), Prêmio Niwano para a Paz pela Niwano Peace Foundation (1999), o Prêmio pela Paz da UNESCO, Feliz Houphuët-Boigny (1999), e a L egião de Honra da República Francesa.