Nascida em Breslávia, na Baixa Silésia, Polônia, em 1891, Edith Stein veio de uma família de judeus, sendo a décima primeira filha do casal. Seu pai morreu antes que ela completasse dois anos de idade, sendo educada pela mãe a partir dos princípios do judaísmo.
Sua adolescência foi marcada pelo distanciamento com Deus e intenso estudo em filosofia na Universidade de Breslau.
Sua conversão ocorreu em 1921 após ler a autobiografia de Santa Teresa d’Ávila. Foi batizada e crismada em 1922, mesmo sob repressão da família.
Após discernir sua vocação para a vida religiosa, tornou-se, em 1937, irmã carmelita, adotando o nome de Teresa Benedita da Cruz.
Edith Stein viveu o contexto nazista e, por isso, foi enviada para trabalhar na Holanda. Em 1940, foi capturada junto a outros 244 judeus católicos em um campo de concentração. Mesmo diante de tamanha violência, cuidou das crianças e ensinou o Evangelho aos demais presos. Em 1942, foi morta nas câmaras de gás de Auschwitz.
A Santa foi canonizada por São João Paulo II em 1998, sua festa é celebrada em 9 de agosto. Além do seu exemplo de santidade, Edith Stein também deixou para a Igreja Católica escritos valiosos que inspiram os fiéis até os dias de hoje, muitos deles publicados pela PAULUS Editora. Confira:
Vida de uma família judia e outros escritos autobiográficos
A obra Vida de uma família judia e outros escritos autobiográficos é o livro inaugural da coleção “Obras de Edith Stein”, que pretende oferecer uma extensa bibliografia dos escritos de uma das personalidades mais fascinantes do século XX. O volume apresenta de maneira minuciosa os episódios da vida de Edith Stein, o percurso que vai do seu nascimento em berço judaico até o reconhecimento póstumo da importância de seus pensamentos de suas virtudes heroicas. Saiba mais.
Edith Stein: Textos sobre Husserl e Tomás de Aquino
A obra “Edith Stein: Textos sobre Husserl e Tomás de Aquino” traz uma coletânea de textos em que a filósofa apresenta o pensamento Edmund Husserl e faz uma análise por meio de comparação para saber as semelhanças e diferenças com o pensamento de Tomás de Aquino.
Ao longo do livro, o leitor irá acompanhar a evolução de Edith Stein em sua própria compreensão da fenomenologia e em sua articulação com a ontologia e a metafísica, resultando em uma filosofia do ser. Os textos contidos nesta obra são datados das primeiras décadas do século XX, onde a filósofa começa a desenvolver sua interpretação da fenomenologia. Saiba mais.
Uma investigação sobre o Estado
Publicada em 1925 por Edith Stein, a publicação conta com a tradução de Maria Christina Siqueira de Souza Campos e revisão técnica e da tradução de Juvenal Savian Filho. Na publicação, Stein não oferece apenas mais uma interpretação sobre o Estado, mas uma descrição fenomenológica de sua estrutura.
Na apresentação da obra, Ilona Riedel-Spangerberger (in memorian) afirma que com estas investigações, Edith Stein revelou seus conhecimentos filosóficos e sua competência de pensadora, perpassando o campo da filosofia de seu tempo e adentrando no pensamento jurídico e na sociologia. Saiba mais.
Diálogos com Edith Stein – Filosofia, psicologia, educação
A obra, organizada por Miguel Mahfoud e Juvenal Savian Filho, apresenta quinze textos nos quais o pensamento de Edith Stein conversa com outras formas de pensar. O livro é resultado do III Simpósio Internacional Edith Stein, que concentrou o diálogo na filosofia, na psicologia e na educação.
Alguns textos retratam interlocuções que existiram historicamente entre Edith Stein e outros pensadores; outros, diálogos que não existiram historicamente, mas que podem ser visualizados no modo como certamente aconteceriam se viessem a ocorrer. É o caso da instigante identificação de semelhanças e diferenças entre Edith Stein e Simone Weil, feita por Fernando Rey Puente. Há ainda textos que versam exclusivamente sobre o pensamento de Edith Stein, sem deixar de estabelecer um diálogo com os leitores de hoje. Saiba mais.