8 de setembro: 23º domingo comum | Paulus Editora

O Domingo
8 de setembro: 23º domingo comum

POR UM AMOR MAIOR

Podem parecer duras as palavras de Jesus no evangelho de hoje. Jesus estaria menosprezando as relações familiares, o amor pelos pais, pelo marido ou esposa, pelos filhos ou irmãos? Certamente não. Ele está chamando a atenção para um amor maior, absoluto, que não decepciona e é o único capaz de preencher plenamente o vazio do coração humano.

Suas palavras querem dizer que somente quem se transformou pelo encontro com ele é que pode ser seu discípulo. Ou seja, somente quem relativiza as relações, mesmo as relações familiares mais íntimas, pode assumir na própria vida a mesma missão de Jesus: a cruz, a doação incondicional até o fim, sem meios-termos.

Seguir a Jesus, além disso, não é um ato mágico, automático ou impensado. O seguimento é como uma construção ou uma luta: envolve riscos e requer esforço, preparação e sensatez. Não porque sejamos autossuficientes, mas porque as escolhas que fazemos na vida são responsabilidade nossa e não de Deus.

Ser cristão é algo exigente, pois cristão é quem se transforma continuamente pelo encontro pessoal com Jesus, é quem aprende com a vida do Mestre, o qual assumiu até o fim a missão do Pai, num caminho de doação e conflito até a morte de cruz.

O caminho da renúncia a tudo, até à própria vida, é o caminho que Jesus deixa aberto diante dos discípulos. E não são nada teóricas as palavras do Mestre, se considerarmos o amor que ele demonstrou por todos, também pelos que a ele se opuseram. Um amor maior, sem limites, que contemplou sua família de sangue, mas não ficou limitado a ela.

Somente o amor maior de Jesus nos torna cristãos. Neste amor, todo relacionamento ganha novo sentido: não de posse, cobrança ou mesquinhez, mas de doação, gratuidade e desprendimento.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp

 


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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