3 de março: 3º domingo da Quaresma | Paulus Editora

O Domingo
3 de março: 3º domingo da Quaresma

TEMPO DE DAR FRUTOS

A tragédia dos galileus assassinados por Herodes e dos dezoito mortos pela queda da torre de Siloé, Jesus garante, não foi consequência dos pecados deles. Considerar tragédias e desastres como castigo de Deus é esquecer o que Jesus veio revelar: o rosto de um Pai que é amor e misericórdia, e não um carrasco vingador.
Longe de associar a morte ao pecado e à culpa das criaturas, Jesus convida a aprender das tragédias e desastres, a aprender das mortes prematuras, no sentido de valorizar o presente e converter-se para dar frutos. Pois a morte virá para todos, e a questão são os frutos que deixaremos por aqui, a diferença que tivermos feito para melhorar este mundo.
A parábola da figueira fala de um Deus paciente, que envia seu Filho para que as pessoas se deixem transformar e produzir frutos. É que, ao nos criar, Deus espera nada mais que frutos de bondade, de misericórdia, de solidariedade. Quando faltam tais frutos, falta a vida verdadeira que ele deseja.
O Filho enviado pelo Pai caminha conosco e quer nos transformar. Estar abertos à ação de Deus, porém, depende somente de nós. E aqui a importância do chamado à conversão feito por Jesus. Converter-se é tomar consciência dos próprios limites e pecados, em primeiro lugar. E, na prática, mudar de mentalidade e de vida. Mas não basta mudar, e sim mudar segundo o plano de Deus, que nos cria para relações que humanizem, que nos irmanem no perdão e no amor.
Conscientes de que as tragédias e desastres não podem ser castigo do Deus bondoso de Jesus, perguntamo-nos sobre o sentido que estamos dando à nossa vida hoje. Uma vida sem frutos para Deus é vida que perde o próprio sentido. No dia do acerto de contas, diante de um Deus que ama, que frutos lhe apresentaremos? O tempo que temos neste mundo é o tempo que Deus nos dá. É agora o tempo de conversão. É agora o tempo de dar frutos.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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