18 de setembro: 25º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
18 de setembro: 25º Domingo do Tempo Comum

A QUEM SERVIMOS: A DEUS OU AO DINHEIRO?

A parábola do evangelho de hoje nos deixa perplexos e incomodados, principalmente quando Jesus elogia o administrador desonesto. Porém fique claro que Jesus não elogia a desonestidade do administrador, e sim sua esperteza e criatividade ao tentar salvar a própria pele. 

Na Palestina no tempo de Jesus, poucos ricos concentravam grandes propriedades de terra. Eles não trabalhavam nelas, mas contratavam administradores que cuidassem da produção. Portanto, os donos das terras enriqueciam à custa da exploração do trabalho alheio, ou seja, tinham escravos que faziam render seus negócios. Periodicamente, os administradores prestavam contas aos donos, entregando-lhes o lucro.

O objetivo do lucro é a riqueza, que Lucas chama de “mamona”, ou seja, dinheiro ou riqueza injusta. Haverá riqueza justa? O evangelista fala em “dinheiro injusto”; ao que parece, para significar que não há “dinheiro limpo”. Para Jesus, o dinheiro traz a marca da injustiça, pois é instrumento de acúmulo e opressão.

No tempo de Jesus e ainda hoje, é muito comum pensar que a riqueza, o êxito econômico, seja sinal de bênção de Deus. Pensar assim seria dar um tapa na cara dos pobres, que não teriam a bênção de Deus e seriam, portanto, uns desgraçados.

A função do dinheiro, do capital ou da riqueza é construir fraternidade – “o dinheiro injusto para fazer amigos”, diz o evangelho. Em outras palavras, os bens, dom de Deus e fruto do trabalho humano, existem para serem partilhados, favorecendo a vida de todos, principalmente dos mais necessitados. Os bens deveriam construir relacionamentos verdadeiros, sinais do reino.

O evangelho conclui: não podeis servir a Deus e ao dinheiro. São dois “bens” que não se misturam nem se compatibilizam. Por isso, precisamos fazer uma escolha: ou o Senhor Deus ou o senhor dinheiro. Quem vive sub­jugado pela riqueza, pensando só em acumular, não consegue servir a Deus – que quer uma vida justa e digna para todos. É impossível proclamar a fidelidade a Deus e prestar culto à riqueza.

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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