Dia 1 – TODOS OS SANTOS | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
Dia 1 – TODOS OS SANTOS

SANTO, EU?

São Paulo, o grande evangelizador, chamava os cristãos de “santos”. Na segunda carta aos Coríntios, ele escreve à Igreja de Deus que está em Corinto e a todos os santos que se encontram por toda a Acaia (cf. 2Cor 1,1). Lendo isso, tomamos consciência de que todos os batizados são chamados a viver a santidade. Neste ano, a Igreja declarou santos os papas João Paulo II e João XXIII. Também foi declarado santo o grande evangelizador José de Anchieta. A Igreja declarou que esses homens viveram uma vida de amor a Deus e ao próximo e estão junto do Pai. Podemos contar com o exemplo e a intercessão deles. Eles fizeram milagres reconhecidos pela autoridade da Igreja e por isso podem ser venerados por todos os fiéis. Fazem parte da Igreja triunfante.

Mas não só os papas e padres são chamados à santidade. É oportuno lembrar o que escreveu são João Paulo II: “Todos na Igreja, precisamente porque são seus membros, recebem e, por conseguinte, partilham a comum vocação à santidade. A título pleno, sem diferença alguma dos outros membros da Igreja, a essa vocação são chamados os fiéis leigos: ‘Todos os fiéis, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade’; ‘Todos os fiéis são convidados e têm por obrigação tender à santidade e à perfeição do próprio estado’” (exortação Os fiéis leigos, n. 16).

A perfeição cristã não é o perfeccionismo ou a mania de falar dos erros alheios, de criticar destrutivamente, mas o esforço para fazer o bem. Fazer bem as nossas tarefas de cada dia, cumprir com zelo as nossas obrigações, ser amoroso com as pessoas que estão ao nosso lado, valorizar o bem que os outros fazem. Em síntese: fazer o bem e evitar o mal. Santidade é isso. Os santos podem, com a ajuda de Deus, fazer milagres em vida, mas Deus não exige que façamos milagres, ele quer que façamos o bem. Milagres podem acontecer, mas isso compete a Deus.

A santidade é coisa para nós. Uma chave que nos abre a porta da santidade é, ao longo do dia, ter sempre em mente a pergunta: o que Jesus faria se ele estivesse aqui onde estou? Pensar, por exemplo: se Jesus estivesse no meu trabalho, com essas pessoas, com os defeitos e as virtudes que cada uma tem, o que ele faria? Como sabemos, Jesus passou fazendo o bem (cf. At 10,38). Nosso esforço tem de ser o mesmo. É isso que significa tomar a cruz de cada dia.

Pe. Claudiano Avelino dos Santos, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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