JUBILEU 2025: PEREGRINOS DE ESPERANÇA
A ideia de ano jubilar tem profundas raízes na história. A Bíblia registra que, a cada sete semanas de anos sabáticos, isto é, sete vezes sete anos, era declarado santo o quinquagésimo ano (cf. Lv 25,9-12).
O Evangelho de Lucas, citando a profecia de Isaías, descreve a missão de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, ele me consagrou para anunciar a boa notícia aos pobres… e para proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18s).
Na tradição cristã, Bonifácio VIII, em 1300, proclamou o primeiro jubileu. A partir de 1470, o papa Paulo II estabeleceu que fosse celebrado a cada 25 anos. Ocorreram também jubileus extraordinários. Por exemplo, em 1933, o papa Pio XI convocou um jubileu para comemorar o aniversário da Redenção e, em 2015, o papa Francisco proclamou o Jubileu da Misericórdia.
As formas de celebrar os jubileus variaram ao longo da história. São comuns as peregrinações a basílicas previamente estabelecidas, solenizam-se passagens pelas portas santas e pode-se conceder indulgências aos fiéis que participam desses momentos.
A abertura do Ano Jubilar de 2025 deu-se no Natal, com o gesto de abertura solene da Porta Santa da basílica de São Pedro.
Na carta convocatória de fevereiro de 2022, o papa Francisco acentua que “devemos manter acesa a chama da esperança que nos foi dada e fazer todo o possível para que cada um recupere a força e a certeza de olhar para o futuro com espírito aberto, coração confiante e mente clarividente”.
Em meio às incertezas e dificuldades que o mundo atravessa hoje, o objetivo deste jubileu é recompor um clima de esperança e de confiança. Daí o lema: “Peregrinos de esperança”.
Sem fechar os olhos diante dos dramas da pobreza e da desigualdade que impedem milhões de seres humanos de viver dignamente, comprometidos com o seguimento de Jesus, somos movidos pelo Ano Jubilar a ser agentes de consistente esperança, a partir da realidade onde estamos.
Pe. Darci Luiz Marin, ssp
O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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