11 de fevereiro – 6º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
11 de fevereiro – 6º Domingo do Tempo Comum

QUAL É A QUALIDADE DA NOSSA FÉ?

Jesus cura um homem que tinha uma doença de pele muito temida naquele tempo. À primeira vista, parece-nos um gesto corriqueiro, sem grande importância. No entanto, foi capaz de provocar uma reviravolta. Pressentindo que sua obra libertadora iria repercutir por toda a redondeza, Jesus, “falando com firmeza”, recomendou ao recém-curado que não contasse nada a ninguém. As coisas não terminaram aí, pois “ele começou a contar e a divulgar muito o fato”. Afinal, pelo poder e pela misericórdia do Senhor Jesus, aquele homem acabava de sair da marginalização e de reintegrar-se à vida social, livre para praticar a religião. Espalhada a notícia da cura, as multidões se movimentaram: “de toda parte vinham procurá-lo”.

Impelidos pela curiosidade ou por uma fé principiante, queriam conhecer o autor daquela façanha. Muitas pessoas têm uma fé superficial. Correm atrás de Jesus apenas porque se juntam a uma multidão que caminha rumo a um lugar qualquer e por motivos não definidos. São colecionadores de novidades, de fenômenos estranhos e inexplicáveis. Jesus não deixa de corrigir atitudes precipitadas daqueles que se movem somente por interesses pessoais, como na partilha do pão: “Vocês estão me procurando não porque viram sinais, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos” (Jo 6,26).

Penso que seja ocasião favorável para revermos a qualidade da nossa fé. Em quem cremos realmente? Porque crer é, acima de tudo, confiar na palavra do Senhor. Entra-se no campo da fé com humildade. Muitos santos e santas nos dão claros exemplos de como viveram sua fé. Dirigiam-se a Deus imbuídos de total confiança, certos de que seriam atendidos. Se pedimos algo a Deus, fazemo-lo porque de fato necessitamos do socorro divino. Com a humildade, alia-se a confiança. Trata-se de pedir como quem sabe que vai receber: “Tudo o que vocês pedirem rezando, creiam que já o receberam, e assim acontecerá para vocês” (Mc 11,24).

Então, busquemos cultivar uma fé simples, porém sólida, resoluta, confiante: “Se queres, tens o poder de curar-me”. Como dóceis filhos e filhas, procuremos o Senhor, à semelhança de quem recorre a um amigo. Como quem realmente reconhece necessitar de uma cura libertadora. Cura não apenas física, mas sobretudo espiritual.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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