Vítima de um infarto, o padre jesuíta, João Batista Libanio, faleceu na manhã de hoje, 30, em Curitiba (PR). O sacerdote foi assessor da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e colaborador no Instituto Nacional de Pastoral e em comissões episcopais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Padre Libanio, como era conhecido mundialmente, dedicou-se aos estudos teológicos e à ação pastoral durante anos. Foi autor de mais de 125 livros.
Na arquidiocese de Belo Horizonte (MG) contribuía com artigos e textos para o Jornal digital Opinião e Notícias, nos quais escrevia na coluna “O olhar do teólogo”. Por mais de trinta anos dedicou-se ao magistério e pesquisa teológica. Padre Libanio dizia que “nada faz o ser humano ser tão feliz como colaborar no crescimento interior e espiritual das pessoas”.
Trajetória
Era doutor em Teologia, professor na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia e vigário da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Vespasiano. Estudou Filosofia na Faculdade de Filosofia de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e também cursou letras neolatinas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Foi professor de teologia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, e no Instituto Teológico da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Posteriormente foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Atualmente, lecionava Teologia na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte.
Seus estudos de Teologia Sistemática foram concluídos na Hochschule Sankt Georgen, em Frankfurt, Alemanha, onde também estudou com os maiores nomes da teologia europeia. Era mestre e doutor (1968) em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Sobre a vida
Em entrevista ao Jornal de Opinião, em junho de 2002, por ocasião de seus 70 anos, padre Libanio falou sobre sua visão da vida: “A clareza e a serenidade não se medem pelo número de anos, mas pelo trabalho interior. A existência foi generosa comigo e permitiu-me que pudesse estar sempre à volta com análises, reflexões sobre a realidade social e eclesial”.
Fonte: CNBB