“Esta ciranda quem me deu foi Lia, que mora na Ilha de Itamaracá;
Cirandeiro, cirandeiro ó, a pedra do teu anel brilha mais do que o sol.”
Foi com esse verso do cirandeiro popular brasileiro que começou a oficina de contação de histórias na PAULUS Livraria de Salvador, na manhã do sábado (25). A atividade teve como objetivo comemorar o Dia Internacional do Contador de Histórias, celebrado no dia 20 de março. Estiveram presentes 33 pessoas, entre professores, estudantes e contadores de histórias.
Conduzida pela educadora infantil e contadora de histórias Josiene Amaral Borges, a atividade foi composta por uma variedade de cantigas e cirandas, além de muita dança, histórias e sorrisos.
Os participantes foram convidados a exercitar o corpo, para que entendessem que a prática da contação de histórias não é desempenhada apenas pela leitura do texto, mas que exige do contador constante movimentação corporal, de maneira a tornar a história muito mais evocativa.
No segundo momento da oficina, a facilitadora desenvolveu uma discussão teórica. Para Josiene, a melhor definição para contador de histórias pode ser a da artista da palavra Cléo Busatto: “Creio que contar histórias é uma atitude multidimensional. Ao contar histórias atingimos não apenas o plano prático, mas também o nível do pensamento, e, sobretudo, as dimensões do mítico-simbólico e do mistério”.
Ao final da oficina os participantes foram convocados a se dividir em grupos, escolher um livro da coleção (Re)Fabulando, de autoria de Elias José, e contar a história, colocando em prática as técnicas e ferramentas apresentadas durante a manhã.
Por Durval Francisco Neto.