No início deste mês, o país foi impactado com uma informação: “Brasil perde quase 7 milhões de leitores em quatro anos.” Além de extremamente alarmante, esse dado revela que os profissionais do mercado editorial precisam acompanhar de perto a relação entre as pessoas e os livros, a fim de fomentar o gosto pela leitura entre os brasileiros de diferentes idades.
São muitos os números e percentuais que explicam esse afastamento, mas, diante da pesquisa, é possível recordar-se de tantas pessoas que passaram pela Bienal Internacional do Livro de São Paulo (realizada no último mês de setembro), saindo carregadas de livros. Naquele momento, a sensação era de aumento no número de leitores.
Apenas dois meses depois, as conclusões da 6ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil” podem parecer, à primeira vista, um banho de água fria e, se não olharmos mais adiante, talvez realmente o sejam.
Mas, ao avançarmos para dados “menos visíveis”, nota-se que a Bíblia e os livros religiosos aparecem entre as primeiras posições em diferentes recortes da amostra.
Ora, dos gêneros lidos pelos que ainda têm o costume de ler, a Bíblia foi citada por 38% dos entrevistados, e os demais livros religiosos, por 17%.
Além disso, a Bíblia e livros religiosos também surgem em destaque entre os livros lidos de forma espontânea pelos leitores, inclusive entre o público formado por estudantes. Os motivos religiosos são, inclusive, o que tem levado 8% dos brasileiros à leitura.
Autores religiosos também são lembrados entre nomes importantes da literatura nacional e até mesmo internacional.
Será que esses dados não revelariam ao mercado editorial um caminho para formar novos leitores? É claro que, para isso, é preciso pensar em títulos atrativos, que promovam uma experiência de fé, mas que também sejam interessantes.
Neste caminho, destaca-se uma nova coleção da PAULUS Editora: Santos e santas para crianças, que reúne obras que ensinam importantes exemplos de santidade para as crianças e também podem fazer parte de muitos momentos em família.
Por que não substituir (ou alternar) as histórias de super-heróis pelas de santos e santas da Igreja naquele momento de leitura com os filhos antes de dormir?
Mais do que desejar ter superpoderes, quem sabe as crianças passem a desejar também “salvar o mundo” por meio da fraternidade, da acolhida aos mais necessitados e do amor incondicional pelo próximo.
Neste caminho ainda em ascensão, mais do que conquistar novos leitores, será possível formar pessoas e cidadãos cada vez mais comprometidos com o bem comum, um ganho duplo para toda a sociedade.